França miúda quer domar cangurus
A França entra no Mundial com o estatuto agridoce de finalista vencido do último Europeu – que jogou em casa –, acreditando que a irreverência de uma nova vaga gaulesa possa reeditar o triunfo 20 anos depois. Pela frente encontra uma Austrália habituada à competição – vai no quarto Mundial seguido –, mas com poucas individualidades para ser tida como ameaça.
Didier Deschamps está há seis anos ao comando dos bleus e mostra-se convicto de que a juventude dos seus jogadores não será um problema e que estes vão dar uma boa resposta. “Não estamos a correr riscos. Têm qualidade para estar aqui”, referiu na conferência de antevisão, sequenciando a pergunta sobre Mbappé e Dembélé, ambos estreantes em grandes competições de seleções. Num 4x3x3 móvel, o duo é candidato a acompanhar Griezmann, a estrela maior, e cuja decisão de se manter no Atlético de Madrid agradou ao selecionador. “Revelou lealdade. Está tranquilo para este campeonato do mundo”, explica antes de pedir humildade: “Sabemos da dificuldade do jogo, assumimos que queremos passar, mas primeiro temos de ganhar na estreia.”
No único compromisso a valer entre ambas, a Austrália bateu a França. Acresce que Van Marwijk só perdeu um dos quatro jogos à frente da seleção da Oceânia e explicita a estratégia: “Temos de ser organizados não por 10, 20 ou 30 minutos, mas durante 90”, não acreditando num desaire volumoso: “São favoritos e, em dez jogos, ganham cinco ou seis. Mas uma derrota pesada com a França seria surpresa.”
Griezmann, Dembélé e Mbappé devem jogar de início
“Temos de ser organizados, não por 10, 20 ou 30 minutos, mas durante os 90”
Bert Van Marwijk
Selecionador da Austrália “Não estamos a correr riscos. São jovens, mas, se aqui estão, é por terem qualidade”
Didier Deschamps
Selecionador da França