O Jogo

França miúda quer domar cangurus

- FREDERICO BÁRTOLO

A França entra no Mundial com o estatuto agridoce de finalista vencido do último Europeu – que jogou em casa –, acreditand­o que a irreverênc­ia de uma nova vaga gaulesa possa reeditar o triunfo 20 anos depois. Pela frente encontra uma Austrália habituada à competição – vai no quarto Mundial seguido –, mas com poucas individual­idades para ser tida como ameaça.

Didier Deschamps está há seis anos ao comando dos bleus e mostra-se convicto de que a juventude dos seus jogadores não será um problema e que estes vão dar uma boa resposta. “Não estamos a correr riscos. Têm qualidade para estar aqui”, referiu na conferênci­a de antevisão, sequencian­do a pergunta sobre Mbappé e Dembélé, ambos estreantes em grandes competiçõe­s de seleções. Num 4x3x3 móvel, o duo é candidato a acompanhar Griezmann, a estrela maior, e cuja decisão de se manter no Atlético de Madrid agradou ao selecionad­or. “Revelou lealdade. Está tranquilo para este campeonato do mundo”, explica antes de pedir humildade: “Sabemos da dificuldad­e do jogo, assumimos que queremos passar, mas primeiro temos de ganhar na estreia.”

No único compromiss­o a valer entre ambas, a Austrália bateu a França. Acresce que Van Marwijk só perdeu um dos quatro jogos à frente da seleção da Oceânia e explicita a estratégia: “Temos de ser organizado­s não por 10, 20 ou 30 minutos, mas durante 90”, não acreditand­o num desaire volumoso: “São favoritos e, em dez jogos, ganham cinco ou seis. Mas uma derrota pesada com a França seria surpresa.”

Griezmann, Dembélé e Mbappé devem jogar de início

“Temos de ser organizado­s, não por 10, 20 ou 30 minutos, mas durante os 90”

Bert Van Marwijk

Selecionad­or da Austrália “Não estamos a correr riscos. São jovens, mas, se aqui estão, é por terem qualidade”

Didier Deschamps

Selecionad­or da França

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