O Jogo

É TEMPO DE MUDAR A GESTÃO DO FUTEBOL

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Para além de desportist­a, treinador, Couceiro foi dirigente, presidente do Sindicato de Jogadores e participou “num grupo de trabalho do desporto profission­al em 1986, ainda antes d ale ide basesdodes porto, queé de 1990”. A experiênci­a diz-lhe que é importante aproveitar este momento do futebol nacional, em que os problemas estão a vir à tona, para “discutir o seu modelo de governação”. “Este modelo está desatualiz­ado”, vinca. E o maior dos problemas é não ter condições para uma competição equilibrad­a.

“O modelo da gestão de uma competição de futebol é um modelo de cartel, em que todos nós temos interesses comuns e só depois se vai pensar no vencedor da competição. Esses interesses comun sé que vão criar condições para termos uma competição equilibrad­a. O que se passa em Por tu galé precisamen­te o contrário. É cada um por si e vamos ver como afundamos os outros. E isso não nos leva a lado nenhum. Pelo contrário, só nos prejudica. É importante que todos os clubes tenham condições para o aparecimen­to de novos jogadores. Só assim seremos capazes de gerar riqueza”, considera. José Couceiro dá o exemplo da liga alemã como uma prova “rica”, mas pouco competitiv­a, por ter “um campeão crónico”. Portugal não é muito diferente, tem três.

Mas, numa área como o desporto, é necessária a participaç­ão do poder político, “num consenso alargado ”, Federação Portuguesa de Futebol e Liga. “É um trabalho que quem o implementa­r agora só vai ser reconhecid­o daqui a muitos anos. Mas é fundamenta­l ser feito”, reforça.

“Em Portugal, é cada um por si

e vamos ver como afundamos

os outros. Uma competição

tem de ser uma espécie de cartel”

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