O Jogo

NOVA ERA APAGA MÁGOA

Inglaterra não vence um jogo do Mundial desde 2010, um magro 1-0 sobre a Eslovénia. Southgate quer que a juventude de qualidade consiga afastar as campanhas dececionan­tes

- FREDERICO BÁRTOLO

TUNÍSIA INGLATERRA Estádio Volgograd Arena, em Volgogrado

(Colômbia)

Nabil Maâloul Hassen; Meriah, Ben Youssef, Bronn e Maaloul; Skhiri, Anice Badri e Ferjani Sassi; Fakhreddin­e Ben Youssef, Khazri, Sliti

Gareth Southgate Pickford; Kyle Walker, Stones e Maguire; Kieran Trippier, Henderson, Dele Alli, Lingard e Young; Sterling e Harry Kane

Se há seleção que pode falar em revolução é a Inglaterra. Só Gary Cahill, Phil Jones, Jordan Henderson, Raheem Sterling e Danny Welbeck resistiram à desastrosa caminhada no Brasil, finalizada na fase de grupos sem uma única vitória.

De 2010, na África do Sul, ainda houve apuramento graças a dois empates e um triunfo ante a Eslovénia por 1-0, caindo sem louvor perante a Alemanha(4-1).Tudoistojo­ga num quadro de ansiedade e pressão para a nova geração inglesa, que voltou a ter um ataque de respeito procurando um lugar no top 4 mundial – última vez foi em 1990. Kane capitaneia e garante golos, Dele Alli, Lingard e Sterling são dínamos bem diferentes

Kane é o goleador em quem Southgate e os ingleses apostam para chegarem longe do habitual padrão de jogo britânico. Southgate juntou a segurança defensiva, aplicando o 3x5x2, com Maguire (Leicester) a ocupar o lugar do experiente Cahill (Chelsea). Em antevisão à Tunísia, primeiro adversário no Grupo G, o técnico tenta retirar pressão aos atletas: “Vão estar juntos por muito tempo. Mais do que analisar só este Mundial, é importante que os adeptos reconheçam a vontade destes jogadores. Esta equipa não deveria ser condenada pelos insucessos do passado”, prosseguin­do para o elogio à nova vaga de jogadores que dispõe e que o motivaram, inclusivam­ente, a alterar a tática: “Temos de pensar no que podemos fazer e, com a qualidade dos jogadores que temos, pudemos escolher a maneira como queremos, realmente jogar.”

Southgate tem os cenários traçados e admite que preparou a equipa para uma possível desvantage­m, elogiando a atitude de Portugal e Espanha no embate do Grupo B: “O mais importante é que sejamos fiéis aos nossos princípios, mesmo se estivermos a perder. Portugal e Espanha fizeram um grande jogo, acreditara­m nas suas ideias de jogo.”

A Tunísia volta, 12 anos depois,

Gareth Southgate

Nabil Maâloul à principal competição de seleções, mas nunca ultrapasso­u a fase de grupos. Em 1998, defrontou a Inglaterra e saiu derrotada por 2-0. O técnico Nabil Maâloul elege Alli como grande figura de uma equipa que diz poder vencer a competição. “Sinceramen­te, a Inglaterra pode ganhar o Mundial e Alli é a sua maior arma”, afirmou, alertando: “Os ‘quartos’ são o nosso objetivo.”

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