O Jogo

Regressa a dupla mais mortífera

\\ Alemanha entra a perder com o México \\ Brasil empata na estreia frente à Suíça

- Textos MANUEL CASACA Fotos LEONEL DE CASTRO

André Silva e Ronaldo: parceria decisiva no apuramento deve voltar com Marrocos

Aposta em Gonçalo Guedes frente à Espanha não traduziu os bons sinais dados na preparação para o Mundial e o avançado do Milan é visto como a solução. As razões para isso são mais que muitas A exibição menos conseguida de Gonçalo Guedes com a Espanha, mas ao mesmo tempo as caracterís­ticas do adversário e a estratégia mais ofensiva e dominadora de Portugal no jogo de quarta-feira, contra Marrocos, deve levar Fernando Santos a apostar no regresso de André Silva à titularida- de. O avançado do Milan começou no banco com os espanhóis, entrando apenas aos 80 minutos, numa altura em que a Seleção Nacional estava a perder, por 3-2. Mesmo sem marcar, o número 9 contribuiu e muito para a subida de rendimento da equipa, obrigando os centrais Sérgio Ramos e Piqué a muito trabalho e a maior atenção, numa altura em que o campeão europeu empurrou o adversário para a sua grande área.

A aposta em Gonçalo Guedes com a Espanha justificou-se não só pela grande época que realizou com a camisola do Valência, mas pelo trabalho que mostrou com a camisola da Seleção Nacional. O avançado deu mostras de estar em boa forma, tendo coroado a boa exibição com a Argélia, naquele que foi o último teste antes da estreia no campeonato do mundo, com dois dos três golos da equipa. No entanto, com a Espanha teve uma exibição que ficou aquém do esperado. Além de desaprovei­tar uma ou outra oportunida­de para marcar, teve algumas decisões erradas na hora de atirar à baliza ou desmarcar os companheir­os. Salvou-se apenas a assistênci­a para Cristiano Ronaldo no lance do 2-1, o tal do “frango” de De Gea.

Com a aposta em André Silva, Portugal ganha mais presença na área, mas ao mesmo tempo mantém o bom entendimen­to entre os avançados. Num jogo em que a Seleção Nacional tem de assumir mais o jogo do que fez com a Espanha, o número 9 assume-se como peça importante para obrigar os centrais a uma atenção redobrada, abrindo espa- ços para os companheir­os. A isto junta-se o faro de golo que tem demonstrad­o com a camisola das Quinas. Internacio­nal A em 24 ocasiões, leva 12 golos, num total de 1607 minutos.

O regresso de André Silva à titularida­de para jogar ao lado de Cristiano Ronaldo devolve ainda ao ataque de Portugal uma dupla mortífera. Juntos, e sempre que foram titulares, o que aconteceu em 11 ocasiões, a dupla marcou 26 dos 37 golos da Seleção Nacional. Números que dizem bem do excelente entendimen­to entre os dois, aos quais não está alheia a relação muito próxima que os une. Nos treinos é, aliás, frequente vê-los juntos e em constantes brincadeir­as.

André Silva nunca escondeu a admiração pelo CR7 e deu

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Enviados especiais a Kratovo

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