“Quero ficar e somar taças ao título”
O criativo foi colocado na órbita do São Paulo, mas quer continuar no Dragão para repetir a Liga e ganhar algo mais
Em entrevista a O JOGO, o médio que era alternativa a Brahimi passa a época em revista, destaca a justiça da conquista e realça que a equipa que se sagrou campeã ficará para a história do clube
Mais utilizado na reta nal da temporada do que, propriamente, no início da época, Otávio ganhou o direito a sonhar com mais. Sérgio Conceição não hesitou em deitar-lhe a mão na fase em que Corona se apagou e o brasileiro foi-se mostrando útil à direita, como no passado já havia feito no meio e na esquerda. Com a polivalência reinventada, Otávio quer agora dar sequência. E não pensa em sair, ainda que nos últimos dias tenha sido apontado ao São Paulo. “Espero continuar no FC Porto na próxima temporada. Quero ficar e conseguir mais títulos. Este ano fomos campeões, mas na próxima época não queremos só o título, mas também a Taça de Portugal e a Taça da Liga”, sublinhou, pleno de ambição, em entrevista a O JOGO.
“A família e o restante plantel foram quem mais ajudou” em 2017/18, garante. O ano não foi fácil, com duas lesões de média gravidade a custarem mais de três meses dos nove em que a equipa competiu. Fora as semanas de ganho de forma em fases em que a equipa ia ganhando e dificultava a entrada no onze. “Esta época tive muitas lesões, mas sempre que estive bem consegui ajudar a equipa e a equipa ajudou-me a mim”, congratulase. “Não estive tão bem como em 2016/17, mas disse nessa altura que trocaria as minhas jogadas e exibições pelo título. Então estou muito feliz, porque o que importava era ser campeão e conseguimos. O meu desejo e o de todos foi cumprido”, comentou.
Com Nuno Espírito Santo, o brasileiro foi titular mais vezes do que os jogos que somou com Sérgio Conceição. Primei- ra opção até Brahimi ser repescado, o brasileiro fez 33 desafios, 25 deles no onze titular. Com o atual técnico, Otávio esteve apenas em 21 desafios, num total de 1140 minutos. Mas a época soube muito melhor. “Este ano foi muito importante. Trabalhámos muito para conseguirmos ser campeões. A época vai ficar marcada na história”, afirmou a propósito do significado do troféu que tinha à sua frente, no Museu, enquanto falava com O JOGO. “Vai ficar marcada na história”, insistiu. “Este grupo sabe o que passou ao longo do ano e está muito feliz por entrar na história do clube e do Museu”, concluiu.
O troféu foi, já agora, o primeiro que o futebol profissional conquistou desde que o Museu abriu ao público, em setembro de 2013.