RONALDO REI NA EUROPA
Craque não conhece limites e, com o golo apontado ontem, passou a ser o melhor marcador de sempre de seleções europeias, ultrapassando o lendário Puskás (Hungria)
O avançado chegou aos 85 golos pela Seleção Nacional, ultrapassando os 84 do “Major Galopante”. Além disso, o CR7 é o primeiro neste Mundial a marcar de pé direito, pé esquerdo e de cabeça
Catorze anos e oito dias depois de ter inaugurado a “faturação” pela Seleção Nacional, na abertura do Euro’2004, na derrota com a Grécia no Dragão, Cristiano Ronaldo já acrescentou 84 à lista pessoal. O avançado parece não conhecer limites, estando a confirmá- lo neste Mundial. A questão que agora se coloca é: que recorde irá o capitão da Seleção Nacional bater quando voltar a marcar?
Com o tiro certeiro apontado a Marrocos,oCR7 desatualizou alguns feitos de terceiros e está à beira de se apropriar de outros.Começando pelo de maior relevo, o avançado ultrapassou Puskás (Hungria), que marcou 84 golos pelos magiares, e subiu ao trono dos melhores marcadores de sempre por seleções europeias. No cômputo geral, Ali Daei (Irão), com 109 golos, ainda está longe, mas nada parece inatingível para o craque português. Prova disso é o joga- dor do Real Madrid nunca antes termarcadoquatrovezesna fase final de uma grande competição – ultrapassou assim os registos do Euro’2016 e do Euro’2012. Mais, Ronaldo é o primeiro jogador, neste Mundial, a marcar de pé direito, pé esquerdo e de cabeça.
Para encontrar um jogador que tenha marcado quatro ou mais golos nos dois primeiros jogos do Mundial, é preciso recuar a 2002: Miroslav Klose fez o mesmo, ao serviço da Alemanha. Outras lendas como Batistuta (Argentina) e os igualmente germânicos Rummenigge e Gerd Muller também o tinham feito.O atacante tem um peso de quase 50 por cento nos golos que Portugal apontou nas últimas quatro fases finais: 23, dos quais Ronaldo marcou 11. Aliás, os últimos cinco tiros certeiros dos portugueses em Mundiais foram... do CR7.
O desafio parece ser agora outro: igualar os seis golos seguidos de Eusébio por Portugal, em 1966, Paolo Rossi pela Itália (1982)e Salenkocom a Rússia (1994). Só neste ano civil, já são 34 golos em 27 partidas, à média de 1,3 por jogo. Ninguém pára Ronaldo!