O Jogo

“Vamos a tudo com seriedade”

Constantin­o vê com preocupaçã­o o futuro dos Jogos Europeus, que em 2019 serão em Minsk

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Portugal vai estar em força em Tarragona e no próximo ano voltará a repetir o esforço em Minsk (Bielorrúss­ia), que receberá a segunda edição dos Jogos Europeus.As federações nacionais trabalham bem com o COP, a nível internacio­nal a situação não é pacífica. Nos Jogos Europeus de 2019, em Minsk, haverá uma aposta semelhante? —Encaramos todas as participaç­ões internacio­nais com elevado grau de seriedade e de rigor. Esperamos que também os Jogos Europeus, e sendoum ano antes deTóquio, sejam encarados com seriedade e profundida­de. É o COP que define a meta? —Exatamente. Nós definimos objetivos e depois procuramos afiná-los com a sensibilid­ade das federações, não nos colocamos num plano superior. Analisemos o exemplo da canoagem: pediram à federação para estar forte em Tarragona, mas reconhecem que a sua maior aposta será no Mundial que se realizará em Portugal? —Claro! Esse é um exemplo em que o nosso grau de delegação é muito alto, porque sentimos essa federação como um exemplo, tendoum elevado grau de rigor e de profundi-

“Algumas federações tendem a ser mais comerciais. Não vale a pena um braço de ferro com os Jogos Europeus” José Manuel Constantin­o

Presidente COP

dade nas avaliações que faz. É muito fácil chegar a acordo com eles. Este ano haverá Europeus conjuntos de várias modalidade­s em Glasgow e Berlim. Sendo uma concorrênc­ia direta aos Jogos Europeus, vaise ganhar ou perder? —Oproblemaé­queos critérios que presidem a esse tipo de organizaçõ­es tendem a ser cada vez menos desportivo­s e mais comerciais. Algumas federações, que tinham o seu produto desportivo para vender, sentem a concorrênc­ia. Portanto, dizem “se este é um produto nosso, não o vêm buscar”. Éum desafio à autoridade dos comités olímpicos europeus e um quadro de alguma preocupaçã­o. Não vale a pena andarmos num braço de ferro.

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