“A consciência está tranquila”
Ex-líder do Espinho diz não ser o culpado pela insolvência do clube e rejeita a ideia de falta de transparência, acusando as “burocracias” políticas de terem travado a construção do novo estádio
O ex-presidente do Espinho, Rodrigo dos Santos, considera que as afirmações proferidas pela atual Direção na assembleia geral de quintafeira, em que o acusaram de quase ter destruído o clube com a assinatura de contratos à revelia dos sócios, são “meras especulações para distrair a comunidade espinhense e injetar mais poluição na comunicação social”. O ex-dirigente dos tigres diz estar de “consciência tranquila” e garante que todo o processo de venda dos terrenos do estádio foi tratado de forma transparente. “Todas as decisões tomadas no clube foram dadas a conhecer aos sócios e foram eles que aprovaram o nosso plano de desenvolvimento e crescimento do clube, o chamado Plano Estratégico”, assegurou.
O ex-líder do emblema espinhense culpa o executivo municipal da altura, liderado por José Mota, por não ter agilizado o Plano Estratégico do Espinho, conduzindo o clube à insolvência. “O projeto só não foi para a frente por burocracias que não permitiram que o planosedesenvolvesse.OMunicípio aprovou o plano tardiamente e, quando foi aprovado, os investidores já tinham fugido há dois anos, que era quando havia a obrigação de entregar todo o plano aprovado. Os políticos não ajudaram o Espinho a viabilizar os planos o mais rapidamente possível para que os investidores pudessem avançar com a construção do estádio”, afiançou.
Rodrigo dos Santos, que esteve na presidência do Espinho durante 14 anos, advertiu
“Políticos não ajudaram o Espinho a viabilizar os planos o mais rapidamente possível” Rodrigo dos Santos Ex-presidente do Espinho
ainda que o clube já apresentava problemas financeiros quando este tomou posse pela primeira vez. “Quando cheguei ao clube este já tinha uma dívida de quatro milhões de euros e tinha as contas penhoradas. O próprio estádio já estava à venda em hasta pública. Evitei tudo isso, regularizei as dividas à banca e traçou-se um plano estratégico para regularizar a situação do clube e para criar infraestruturas para o futuro. Tudo o resto é lavar roupa suja”, frisou Rodrigo dos Santos.