Festim dos diabos com show de bola
Bélgica arrasa (e elimina) tunisinos (5-2) com bis de Lukaku e de Hazard. Diabos vermelhos estão virtualmente qualificados
BÉLGICA 5 TUNÍSIA 2 Estádio Arena Otkrytiye, em Moscovo Árbitro: Jair Marrufo (EUA)
BÉLGICA Courtois; Alderweireld, Boyata e Vertonghen; Meunier, De Bruyne, Witsel e Carrasco; Mertens (Tielemans 86’) , Lukaku (Fellaini 59’) e Hazard (Batshuayi 68’) Treinador: Roberto Martínez TUNÍSIA Ben Mustapha; Bronn (Nagguez 24’), Meriah, Ben Youssef (Benalouane 41’) e Maaloul; Khaoui, Sassi (Sliti 59’); Ben Youssef, Kahzri e Badri
Treinador: Nabil Maaloul Golos: Hazard (6’ g.p.), Lukaku (16’), Bronn (18’), Lukaku (45’+3’), Hazard (51’), Batshuayi (90’) e Khazri (90’+3’)
Cartões amarelos: Sassi (14’) Vermelhos: nada a assinalar
Pela primeira vez, a Bélgica fez cinco golos num jogo de um Mundial, mas a avalancha ofensiva dos diabos vermelhos frente à Tunísia foi de tal forma intensa que o 5-2 fi- nal acaba por camuflar o desnível real e poupa os magrebinos a um colapso de outras proporções. Uma exibição a potenciar o talento individual e coletivo e a afirmar que a ambição é legítima. Para já, os “oitavos” estão virtualmente garantidos para os belgas. Já as águias de Cartago viram o sonho chegar ao fim.
O duelo com mais golos deste Mundial começou a ganhar expressão no marcador quando Ben Youssef derrubou Hazard no limite da área. O VAR não interveio e o avançado dos blues converteu o penálti. A Tunísia, a precisar de vencer, arriscara a pressão alta, o que permitia aos belgas, com espaço, criar situações sucessivas de perigo. E foi assim que Mertens isolou Lukaku para o 2-0, num tiro cruzado. Os africa-
Lukaku igualou Ronaldo com quatro golos no topo dos marcadores e é o primeiro a fazer dois bis seguidos em Mundiais desde Maradona em 1986
nos reduziram após livre de Khazri para desvio de cabeça de Bronn (por ironia, o único em campo a jogar na liga belga, no Gent), mas nem a má resposta defensiva perturbou a equipa de Martínez, que faria o 3-1 aos 45’+3’, com um passe genial de Meunier a isolar Lukaku (que igualou Ronaldo no topo dos marcadores), isto já com a defesa tunisina mais debilitada com as lesões de Bronn e Ben Youssef.
O recital prosseguiu no segundo tempo, com uma abertura sensacional de De Bruyne para o bis de Hazard. Batshuayi rendeu Hazard e perdeu três ocasiões clamorosas antes de assinar o 5-1, mas no final, a Tunísia ainda fez o 5-2 por Khazri. “O jogo foi favorável ao nosso estilo, mas há coisas a melhorar”, disse Martínez.