O Jogo

Quatro medalhas no segundo dia

Canoístas Fernando Pimenta, Joana Vasconcelo­s (prata) e Teresa Portela (bronze) subiram ao pódio nos Jogos do Mediterrân­eo

- Enviado especial a Tarragona [Espanha] Textos RUI GUIMARÃES

Hélio Lucas, o treinador de quatro dos cinco canoístas portuguese­s em Tarragona, foi sempre cauteloso ao abordar a possibilid­ade de medalhas, mas elas lá caíram, numa manhã de festa São já oito as medalhas conquistad­as por Portugal nos Jogos do Mediterrân­eo, prova em que participa pela primeira vez, cumprindo-se assim um desejo de mais de duas décadas do Comité Olímpico de Portugal (COP). Às quatro do primeiro dia – ouro para Melanie Santos e João Pereira, ambos no triatlo, e bronze para João Costa (tiro) e Alexis Santos (natação, 200 livres) – ontem juntaram-se mais quatro, três da canoagem, que esteve presente nas cinco finais que a especialid­ade disputou no Canal Olímpico da Catalunha, a cerca de 20 quilómetro­s de Barcelona. Para esta modalidade em concreto, as conquistas são uma normalidad­e, sendo que só em 2018 são já 11 as medalhas alcançadas pela canoagem: quatro na Taça do Mundo, quatro no Europeu e agora três nos jogos de Tarragona. “Já temos uma medalha para cada jogador, é uma forma de lhes dar motivação para o Mundial da Rússia”, diz Hélio Lucas, o técnico responsáve­l por todos estes êxitos.

Com quase todos os atletas fora das zonas de conforto, pelos menos as mais recentes, a manhã em Castelldef­elds arrancou com a final do K1 500 feminino e com a primeira medalha para Portugal. Joana Vasconcelo­s passou na frente aos 250 metros, mas o tempo que fez (1m54,936s) “apenas” lhe garantiu a segunda posição, tendo sido superada pela sérvia Milica Starovic (1m53,637s). “Foi uma prova bastante boa. Já não competia em K1 500 há algum tempo e consegui bater-me com as melhores, que é o mais importante”, disse Joana, recordando que “a rapariga que ganhou é uma excelente atleta”.

Fernando Pimenta, o “Senhor Canoagem”, apresentou-se a seguir. “Esta prova não é a minha especialid­ade, mas já começo a fazer alguns resultados e a aprender” – foi assim que Pimenta começou a conversa com os jornalista­s, depois de ter chegado à medalha de prata no K1 500, regata ganha pelo espanhol Roi Rodríguez. “Como disse, esta distância não é a minha especialid­ade, é metade da que costumo fazer. É preciso ter um ritmo e um arranque superior. Mas se nesta distância, em que estou a começar, consigo o pódio, acho que é um bom indicador”, continuou o três vezes medalhado no recente campeonato da Europa da Sérvia, com um ouro, uma prata e um bronze em Belgrado. “Sem ter sido perfeita, a prova foi boa. Fui um pouco mais lento do que deveria e na parte final tentei recuperar”, referiu ainda o limiano, que aos 250 metros tinha apenas o quarto tempo.

A terceira e última medalha teve a assinatura de Teresa Portela, com um bronze no K1 200, prova ganha por... Teres Portela, uma canoísta espanhola prova serviu também para aprender. Estou contente com meu resultado e coma minha atuação. Foim ais um passo e agora o importante é estar motivada por estes resultados para o Mundial”, analisou.

“Se ainda sei o caminho para casa? É verdade que já passámos muito tempo fora de casa em estágio, mas está a valer a pena”

Fernando Pimenta

Medalha de prata em K1 500

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Joana Vasconcelo­s, Fernando Pimenta e Teresa Portela despediram-se de Tarragona com medalhas
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