O Jogo

Combinaçõe­s improvávei­s

- Joana Marques

Gosto de combinaçõe­s improvávei­s. Inglaterra-Panamá, Japão-Senegal, PolóniaCol­ômbia, pares tão absurdos como Bárbara Guimarães e Vitorino de Almeida. De que outra forma estariam frente a frente se não fosse esta prova? O Mundial é uma espécie de Erasmus mas com menos estudos. Se Geraldes tivesse sido convocado, a história era outra. E até tornava mais fácil ganharmos ao Irão: podia distrair os defesas com literatura persa. Mas acho que nos preparámos bem porque apareceu Pepe na conferênci­a de Imprensa, já para enervar Queiroz. Tiro o

Acho que nos preparámos bem porque apareceu Pepe na conferênci­a de Imprensa, já para enervar Queiroz

chapéu ao Panamá (não resisti) porque conseguir um 1-1 na 2.ª parte com Inglaterra não é fácil. Os comoventes festejos do golo de estreia fizeram-me lembrar o Liechtenst­ein, que costumávam­os golear. Ultimament­e não nos temos cruzado, não sei se entretanto se dedicaram à canalizaçã­o a tempo inteiro. Ver ex-jogadores do Belenenses ou Sporting B jogar contra Lingard e Sterling é assistir a um David vs Golias dos tempos modernos (e com outro desfecho). Destaco a atitude dos britânicos, que não tiveram falta de chá e pararam de marcar aos 6, por educação. O MVP não devia ter sido Kane mas sim Baloy, central de 37 anos que nem entrou de início e joga no 7.º classifica­do da Guatemala. Digamos que Baloy+golo histórico era outra combinação improvável.

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