CR7 faz história pela... negativa
Capitão tornou-se o primeiro português a desperdiçar um pontapé dos onze metros num Mundial
Cristiano esbarrou ontem em Beiranvand e desperdiçou a sexta grande penalidade em 13 tentativas com a camisola da Seleção Nacional. Foi o primeiro jogo em que ficou em branco na competição
Autor de quatro golos, que o tornaram numa das grandes figuras do Mundial, Cristiano Ronaldo viveu ontem a sua pior noite desde o início da competição e, desta feita, fez história pela negativa. Aos 60 minutos, o capitão da Seleção Nacional teve nos pés a hipótese de fazer o 2-0 da marca dos onze metros, mas viu o guardião Beiranvand negar-lhe o golo e “torná-lo” no primeiro jogador português a falhar um penálti em Mundiais. O próprio CR7 tinha convertido grandes penalidades frente ao... Irão (2006) e Espanha (2018). Antes dele, Eusébio tinha convertido quatro em 1966 (duas frente à Coreia do Norte, uma à Inglaterra e outra à União Soviética) e Simão também não falhou frente ao México, em 2006.
O falhanço de ontem também ajudou a cavar o fosso em relação à taxa de eficácia em grandes penalidades na Seleção Nacional e na sua carreira. Desde a sua estreia com a camisola de Portugal, em 2004, o capitão só conseguiu converter sete dos 13 penáltis que foi chamado a marcar (sem contar com desempates da marca dos onze metros), o que se traduz em 54% de acerto contra os 80% somados entre a equipa das Quinas e os três clubes por onde passou: Sporting, Manchester United e Real Madrid.
Desta forma, Ronaldo juntou-se a Messi (Argentina), Cueva (Peru), Gylfi Sigurdsson (Islândia) e Al Muwallad (Arábia Saudita) no lote de jogadores que já falharam grandes penalidades nesta competição, naquele que foi o seu primeiro jogo em que não conseguiu balançar as redes adversárias: tinha marcado a Espanha e Marrocos. A falta assinalada dentro da área sobre Ronaldo também ajudou a que a Rússia passasse a acolher o Mundial com mais penáltis da história: 19.