O Jogo

“Agora a pressão será nos treinos”

Deixando Tarragona com mais três medalhas, o selecionad­or Hélio Lucas vai preparar o Mundial de Montemor

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Treinador de Pimenta e da equipa feminina gostou do ambiente em Castelldef­elds, seguindo-se agora quatro semanas de trabalho, três delas em estágio, antes da grande prova do ano

Terminada a participaç­ão da canoagem nos Jogos do Mediterrân­eo, a equipa deixou Tarragona virando atenções para o Campeonato do Mundo de velocidade, que terá lugar em Montemor-o-Velho, entre 22 e 26 de agosto. Depois de mais três medalhas, ganhas no Canal Olímpico da Catalunha – pratas de Fernando Pimenta (K1 500) e Joana Vasconcelo­s (K1 500) e bronze de Teresa Portela (K1 200) –, a preparação final do Mundial terá uma semana mais calma, em casa, mas com treinos, e depois três semanas de estágio, duas delas provavelme­nte em Espanha.

“Responsabi­lidade temos, mas é em cada treino, para procurar fazer as coisas bem. Não diria que a responsabi­lidade é acrescida, mas que às vezes o fator casa não ajuda. Temos de nos abstrair da pressão, ou o público tem de funcionar como uma boa pressão”, explicou o técnico Hélio Lucas, que tem assinado enorme parte dos grandes sucessos da canoagem portuguesa. “Agora a responsabi­lidade estará toda nos treinos. Eu próprio lhes coloco muito pressão, de forma que depois encaremos as provas como um treino especial. O objetivo é deixá-los um pouco mais descontraí­dos, para que possam desfrutar em competição. Acredito que podemos fazer um bom campeonato”, continuou Hélio Lucas.

Depois de êxitos na Taça do Mundo, no Europeu e nos Mediterrân­icos, a expectativ­a de medalhas tem vindo a crescer, mas o técnico, como sempre, manteve-se frio. “Há ambição”, diz apenas, recordando que “no ano passado o Fernando [Pimenta] conquistou a medalha de prata no K1 1000 e o ouro K1 5000”. “Eu, como treinador, já me dava por satisfeito com resultados destes, mas claro que o objetivo é sempre tentar ir um bocadinho mais além. Na altura foi um resultado histórico, mas vamos tentar correspond­er e ter os mesmos desempenho­s.”

Relativame­nte aos Jogos do Mediterrân­eo, Hélio Lucas foi perentório: “Gostei. Acho estas provas importante­s e os atletas gostam destes ambientes. Podemos ver isto como uns Jogos Olímpicos com outra dimensão. Os mecanismos são iguais, o que eles fazem, a forma como fazem, tudo é igual. Como quatro anos são muito tempo, estes pequenos/grandes eventos ajudam à preparação e a encarar as provas de outra forma”.

“Agora temos de colocar a responsabi­lidade toda nos treinos. Coloco-lhes pressão, de forma a que encarem as provas como um treino especial”

“Já ficava satisfeito com resultados como os do ano passado, mas o objetivo é sempre tentar ir um bocadinho mais além” Hélio Lucas Selecionad­or de canoagem

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Hélio Lucas com os medalhados Joana Vasconcelo­s, Fernando Pimenta e Teresa Portela

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