O Jogo

Australian­o leva 27 familiares ao Mundial

Guarda-redes Matthew Ryan não poupou nas despesas e garantiu uma claque de apoio muito especial durante os jogos na Rússia

- HUGO SOUSA

Normalment­e, só a mãe e a irmã são contemplad­as com convites do jogador, mas, desta vez, Ryan foi um mãos-largas porque a ocasião era especial. Mas, só metade da família aceitou a proposta

Matthew Ryan, guardarede­s da seleção australian­a que participa no Mundial, tratou de garantir uma claque muito especial nos estádios russos: 27 familiares aceitaram o convite para o acompanhar­em na aventura e, segundo contou o próprio, só metade do clã convidado está presente. Mesmo assim, são mais os que fazem parte desta convocatór­ia do que os 23 escolhidos­pelo sele cio nadorBert van Marwijk. “É a primeira vez que, à exceção da minha mãe e da minha irmã, pago a familiares para virem ver-me jogar”, explicou.

“Não é todos os dias que se participa num Mundial e se tem uma oportunida­de destas para partilhar em família. Perguntei-lhes se estavam interessad­os e metade respondeu que sim. Por isso, ainda deu para poupar algum dinheiro”, contou, divertido, o guardarede­s australian­o, de 26 anos, que joga em Inglaterra, no Brighton Albion.

Aparenteme­nte, saudades de casa é coisa de que Ryan não sofrerá, embora a permanênci­a da Austrália em competição esteja dependente de uma fórmula que engloba terceiros. Os australian­os, que empataram com a Dina- marca e perderam com a França, enfrentam hoje o Peru no último jogo do Grupo C e, além da vitória, ainda precisam que os dinamarque­ses não vençam.

É natural que cada defesa de Ryan, mesmo que seja só agarrar a bola sem perigo algum, seja festejada nas bancadas com um entusiasmo fora do comum, e o jogador confessase feliz. “Não há nada melhor do que poder tratar bem a minha família e o futebol deume essa oportunida­de. Tenho capacidade financeira para retribuir o que já fizeram por mim e partilhar com eles um momento destes será algo de que nos lembraremo­s para sempre”, justificou. E garante que ser eliminado, apesar de benéfico para a carteira, é cenário que não lhe passa pela cabeça. “Não temos planos para o regresso a casa”, brincou. Ryan joga fora da Austrália desde 2013 e, antes de chegar a Inglaterra, passou pela Bélgica (Club Brugge) e Espanha (Valência). É internacio­nal pela equipa principal da Austrália desde 2012, sucedendo na baliza ao ídolo Mark Schwarzer.

“Partilhar com eles um momento destes é algo que fica para sempre” Matthew Ryan Guarda-redes da Austrália

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Uma derrota e um empate é o saldo dos australian­os no Mundial

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