O Jogo

Bruno de Carvalho pede clemência

Ex-presidente retratou imagem no Facebook e pediu para serem os associados a escolher o que querem para “o futuro de clube e SAD”. Deliberaçã­o da Comissão de Fiscalizaç­ão será célere Sabe O JOGO que o líder deposto não respondeu à nota de culpa. Fica agor

- BRUNO FERNANDES RUI MIGUEL GOMES

Após quase quatro dias de

bbb total silêncio e reflexão, Bruno de Carvalho voltou ao Facebook para fazer um balanço dos mais de cinco anos de presidênci­a de Sporting. Num longo texto, o líder deposto na assembleia do passado dia 23 retratou a sua imagem, destacou a obra feita e acabou com um apelo: quer ver extinto o processo disciplina­r de que é alvo por parte da Comissão de Fiscalizaç­ão para que se “permita aos sportingui­stas ouvirem todos os que quiserem falar e decidirem o futuro de clube e SAD”, escreveu. Será, contudo, um cenário difícil de se concretiza­r. Sabe O JOGO que a referida Comissão não vai colocar qualquer ponto final nesta diligência, que após ausência de resposta à nota de culpa por parte de Bruno será decidida de forma célere.

Por considerar que o ex-presidente cometeu graves infrações, puníveis estatutari­amente com medidas que podem ir de uma suspensão até à expulsão de sócio, a Comissão vai analisar, por estes dias, a matéria de facto que foi recolhendo ao longo das últimas semanas, inclusive após a instauraçã­o do processo (dia 13 de junho). Em cima da mesa, e ao que foi possível apurar, ainda está a possível audição de testemunha­s que consubstan­ciem as partes envolvidas, nada que, ainda assim, deva atrasar a decisão.

“Mea culpa”

Voltando ao discurso de Bruno, e no primeiro dia em que conseguiu “despir a camisola de presidente do Sporting”, o agora ex-dirigente fez um “mea culpa” pela forma como descuidou a sua imagem pública, mesmo que argumente que sempre tentou defender os interesses de clube e SAD. A ideia é fácil de concretiza­r: nunca quis ser um líder “populista”, mas sim “popular”.

“Sempre quis ser um líder com os pés assentes na terra, com um discurso mobilizado­r que voltasse a devolver o orgulho e respeito a um clube que estava adormecido, resignado e sem energia. E aqui acho que começou um pouco a confusão entre ser popular ou populista”, explicou, confessand­o: “Fui pouco hábil na diplomacia. A vontade de fazer sempre mais, e mais e mais, levou a que o discurso não fosse moderado. Algumas pessoas ajudaram, alguma comunicaçã­o social contribuiu, mas o maior culpado fui eu que me esqueci de mim e da forma como deveria projetar a minha imagem.”

“Fui pouco hábil na diplomacia, pois não tinha mãos a medir”

“Na busca constante da glória, esqueci-me de mim e da forma como deveria projetar a minha imagem” Bruno de Carvalho Ex-presidente do Sporting “Que se acabe com este processo disciplina­r e se permita aos sportingui­stas ouvirem quem quer falar e decidirem o futuro de clube e SAD”

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Bruno de Carvalho está sob alçada disciplina­r e pode ser expulso de sócio

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