SAD ataca Comissão Arbitral da Liga
Clube de Alvalade alega que os dois membros, Lúcio Correia e Madalena Januário, não têm condições de apreciar os processos dos nove atletas com independência e imparcialidade Sporting crê que os visados deviam seguir o exemplo de Ricardo Nascimento, presi
O capítulo das rescisões está longe de estar encerrado e ontem conheceu um novo capítulo. Segundo O JOGO apurou junto de fonte próxima do processo, o Sporting ameaça recorrer aos tribunais caso a Comissão Arbitral Paritária (CAP) se pronuncie sobre os processos dos nove jogadores que encerraram unilateralmente o vínculo com o clube: Patrício, William, Gelson, Bruno Fernandes, Podence, Dost, Rafael Leão, Rúben Ribeiro e Battaglia.
Sabe o nosso jornal que na base das queixas do emblema de Alvalade estão as dúvidas sobre a alegada parcialidade e falta de independência de Lúcio Correia e Madalena Januáconflito rio – advogados e membros da CAP – para apreciar os supramencionados processos, que podem culminar com a inscrição dos jogadores por outro clube português. O primeiro é acusado de defender as posições dos jogadores em diversos programas televisivos, enquanto à segunda, relatora do caso de Patrício, é apontado um conflito de interesses por ser sócia do escritório de Tiago Rodrigues Bastos, advogado do Sindicato dos Jogadores.
Desta forma, o Sporting acredita que a melhor solução passaria por uma declaração de ambos a considerarem-se impedidos de apreciar os processos, seguindo o exemplo de Ricardo Nascimento, ex-presidente da CAP, que renunciou ao cargo por entender precisamente que existe um de interesses em relação a Madalena Januário.
Recorde-se que face a uma alteração legislativa recente, o organismo deixou de ter poder para julgar a justa causa nos pedidos de rescisão, decisão que passou para outros órgãos, como o TAD ou o Tribunal do Trabalho. Desta forma, a CAP tem como missão confirmar que a rescisão foi pedida segundo os procedimentos corretos e aconselhar os eventuais lesados nas formalidades a seguir.