Cereja de Januzaj no topo do bolo
Bélgica termina só com triunfos a fase de grupos. Em duelo de reservas, diabos vermelhos foram claramente melhores
Quando foram conhecidos os onzes iniciais de Inglaterra e Bélgica, recheados de jogadores que ainda não tinham sido titulares neste Mundial, perspetivou-se um jogo mais pobre e até com duas equipas pouco interessadas em vencer. Isto porque o primeiro classificado do grupo fica no caminho teoricamente mais complicado até à final. Puro engano. O resultado final favorável aos belgas, por 1-0, não traduz fielmente o que se passou num jogo com 28 remates (15 da Bélgica, 13 da Inglaterra) e com superioridade dos diabos vermelhos praticamente desde o início.
Se, na antevisão, Roberto Martínez desvalorizara a classificação em relação à exibição, ontem terá ficado muito feliz com a boa resposta dos seus jogadores, que garantiram o primeiro lugar – partiam para o jogo atrás dos ingleses pela disciplina – só com triunfos (imitando Uruguai e Croácia) e vão agora enfrentar o Japão nos oitavos de final. Depois, se chegarem aos “quartos”, medem forças com o Brasil ou o Méxi-
Ao garantir o primeiro lugar, a Bélgica defronta a seguir o Japão, mas coloca-se, em teoria, no caminho com adversários mais complicados até à final
co. Quanto aos ingleses, marcam encontro com a Colômbia e, depois, um eventual embate contra Suécia ou Suíça na luta por um lugar nas meias-finais.
Logo nos minutos iniciais, a Bélgica pôs à prova Pickford, numa bomba de fora da área de Chadli, e pouco depois o guardião inglês quase deixava fugir uma bola das mãos para dentro da baliza, valendo-lhe Stones a cortar em cima da linha de golo. Antes do descanso foi Fellaini a ficar perto de faturar pelos belgas.
O golo só surgiu aos 51’ e num lance de brilhantismo de Januzaj, ontem titular no lugar de Mertens. O jogador da Real Sociedad tirou, com classe, Rose da frente e depois disparou um míssil como pé esquerdo para o fundo das redes. A cereja no topo do bolo belga nesta boa exibição.