O DOBRO OU NADA
NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS, CRISTIANO MARCOU MAIS PELA SELEÇÃO DO QUE A DUPLA SUÁREZ E CAVANI
Conheça as probabilidades que cada um tem de marcar
Fernando Santos “Chegou a nossa hora”
Óscar Tabárez “Ronaldo não me tira o sono”
William quase certo no onze Apostas: Uruguai tem mais 1% de hipóteses Opiniões e análises de Luís Freitas Lobo, Manuel Queiroz, Luís Cristóvão e Joana Marques
Para quem pensa que o Uruguai-Portugal pode ser desequilibrado, uma comparação estatística dá uma visão contrária nos mais diversos itens. E os lusos contam ainda com o penta-Bola de Ouro
Pelo que se viu na primeira fase, em que o Uruguai venceu o Grupo A e Portugal ficou em segundo lugar no Grupo B, pode haver quem fique com a ideia de que existe uma grande diferença de valor entre as equipas e respetivos plantéis – que jogam a partir das 19h00 por um lugar nos quartos de final do Mundial. Mas isso está longe de ser verdade numa comparação de diversas estatísticas que apontam, isso sim, para um enorme equilíbrio, seja em experiência, idades, golos, títulos ou valor de mercado (ver infografias).
Há, contudo, duas diferenças significativas, uma favorável à equipa celeste, outra à portuguesa. A grande vantagem da equipa das Quinas é a capacidade concretizadora que revela desde a época 2016/17 para cá: 68 golos em 28 jogos (2,42 de média), contra 33 tentos em 22 partidas (1,5 de média) dos sul-americanos. Destaca-se naturalmente Cristiano Ronaldo, com 24 golos neste período (dos quais quatro já neste Mundial). Um registo superior à soma da dupla Cavani (11) e Suárez (8), que tanto terror tem espalhado pelos relvados do mundo. Aliás, convém não esquecer que André Silva (12 golos) supera o melhor artilheiro uruguaio neste período, muito por culpa dos nove golos na fase de apuramento. Contudo, olhando aos números desta última temporada pelos clubes, os uruguaios levam vantagem, com a dupla titular Cavani-Suárez a destacar-se (71 golos), contando ainda com um suplente de valor (Maxi Gómez). Ronaldo marcou 44 golos no Real Madrid, mais quatro que Cavani, e depois seguem-se como artilheiros, curiosamente, dois médios que têm sido suplentes: Bruno (16) e Manuel Fernandes (14).
Refira-se que não obstante o facto de o Uruguai não consentir golos há seis jogos, encaixou um total de 24 desde a Copa América’2016. Por sua vez, Portugal sofreu apenas 21 (quatro no Mundial) após a conquista do Euro’2016.