Como joga o Uruguai em 2018
Em três jogos disputados no Mundial de futebol, Óscar Tabárez já mostrou bem como os comportamentos que a sua equipa trazia da fase de qualificação se podem adaptar às circunstâncias. No entanto, há uma ideia-base na seleção uruguaia que faz escola, desde que, em 2006, El Maestro tomou conta da equipa. Um bloco defensivamente coeso, capacidade no jogo aéreo, agressividade na disputa de todos os duelos, procura de profundidade através de avançados muito móveis. Estes elementos compõem a identidade uruguaia. No passado, ofereceu-nos equipas muito combativas, sobretudo na zona central do terreno, conquistando depois criatividade quando atingia o último terço do campo. No presente, com o chegar de uma nova geração de jogadores que permite unir os elementos identitários charruas com maior qualidade em posse de bola, a equipa experimenta-se a outros níveis, ainda que, nas ideias de Tabárez, o ADN histórico do seu futebol tenha ainda muito peso. É, também, devido aos jogadores que tem disponíveis que as opções de Tabárez encontram novos matizes. Inegociável, até aqui, tem sido a linha de quatro defesas, a estrutura em que o jogo da sua equipa se baseia praticamente desde o início. Ao contrário de outras seleções sul-americanas, o Uruguai nunca se aventurou muito pela linha de três centrais, ainda que seja habitual ver como lateral um jogador que, sobretudo nas bolas paradas, se possa equiparar em termos de jogo aéreo. Acontece, atualmente, com Martín Cáceres, que é utilizado mais vezes como lateral-esquerdo mas, frente à Rússia, alinhou do lado direito. O outro dado inegociável tem sido, sempre