O Jogo

INFLUÊNCIA DO VAR FOI QUASE... NULA

Houve vários penáltis e golos validados ou anulados com recurso às imagens do videoárbit­ro, mas, sem este, passariam as mesmas 16 seleções

- ANTÓNIO PIRES FREDERICO BÁRTOLO

Apenas três grupos teriam tido trocas entre os dois primeiros classifica­dos caso não houvesse recurso à tecnologia. E Portugal teria ficado à frente da Espanha, jogando amanhã com a Rússia

Ére conhecido quase unanimemen­te

como a maior revolução no futebol e nem seque restamos af alarde uma alteração às leis do jogo.Refe rimo-nos ao vide o árbitro que se estreou este ano em Mundiais e veio para ficar.

Nem tudo foi perfeito – apesar do balanço extremamen­te positivo que a FIFA faz (ver caixa) – mas parece claro que evitou mais erros do que os cometidos e trouxe maior justiça ao resultado de uma série de partidas. Curiosamen­te, o impacto final do VAR foi menor do que seria de supor caso o mesmo não existisse no Rússia’2018. O diário espanhol “El País” fez as contas e sem decisões do videoárbit­ro seriam apuradas para os “oitavos” as mesmas 16 seleções. Contudo, isso não significa que tudo seria igual: em três dos grupos verificar-se-ia uma inversão entre os apurados.

Ora, Portugal foi uma das seleções prejudicad­as. Isto porque, a equipa das Quinas empatou com o Irão (1-1) depois de o árbitro visualizar as imagens de uma mão na área de Cédric e considerar ter existido motivo para penálti que os iranianos convertera­m. Acontece que o juiz En ri que Cáceres não apitou inicialmen­te o castigo e os especialis­tas da FIFA apontam este caso como o exemplo de uma má decisão arbitral. Ou seja, Portugal teria ficado à frente da Espanha – defrontand­o amanhã a Rússia – com sete pontos contra quatro de “nuestros hermanos”, já que a Roja empatou com Marrocos na última jornada graças ao VAR – corrigiu um fora de jogo mal assinalado a Aspas.

As outras mudanças seriam nos GruposCeF. No primeiro, a França – que beneficiou de um penálti contra a Austrália – e viu a Dinamarca ser-lhe apontado outro contra – a favordaAus­trália–acabariaat­rás dos escandinav­os. No F, a Suécia teria um empate em vez de uma vitória contra a Coreia do Sul, e terminaria atrás do México.

Mas, onde se percebe melhor o impacto do VAR é nos penáltis assinalado­s. O anterior máximo em Mundiais era de 19 e neste já foram marcados 24(18 convertido­s), dez dos quais apenas depois de indicação do videoárbit­ro para os juízes.

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O Irão empatou contra Portugal num penálti mal assinalado após o VAR indicar ao árbitro para ver o lance

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