INFLUÊNCIA DO VAR FOI QUASE... NULA
Houve vários penáltis e golos validados ou anulados com recurso às imagens do videoárbitro, mas, sem este, passariam as mesmas 16 seleções
Apenas três grupos teriam tido trocas entre os dois primeiros classificados caso não houvesse recurso à tecnologia. E Portugal teria ficado à frente da Espanha, jogando amanhã com a Rússia
Ére conhecido quase unanimemente
como a maior revolução no futebol e nem seque restamos af alarde uma alteração às leis do jogo.Refe rimo-nos ao vide o árbitro que se estreou este ano em Mundiais e veio para ficar.
Nem tudo foi perfeito – apesar do balanço extremamente positivo que a FIFA faz (ver caixa) – mas parece claro que evitou mais erros do que os cometidos e trouxe maior justiça ao resultado de uma série de partidas. Curiosamente, o impacto final do VAR foi menor do que seria de supor caso o mesmo não existisse no Rússia’2018. O diário espanhol “El País” fez as contas e sem decisões do videoárbitro seriam apuradas para os “oitavos” as mesmas 16 seleções. Contudo, isso não significa que tudo seria igual: em três dos grupos verificar-se-ia uma inversão entre os apurados.
Ora, Portugal foi uma das seleções prejudicadas. Isto porque, a equipa das Quinas empatou com o Irão (1-1) depois de o árbitro visualizar as imagens de uma mão na área de Cédric e considerar ter existido motivo para penálti que os iranianos converteram. Acontece que o juiz En ri que Cáceres não apitou inicialmente o castigo e os especialistas da FIFA apontam este caso como o exemplo de uma má decisão arbitral. Ou seja, Portugal teria ficado à frente da Espanha – defrontando amanhã a Rússia – com sete pontos contra quatro de “nuestros hermanos”, já que a Roja empatou com Marrocos na última jornada graças ao VAR – corrigiu um fora de jogo mal assinalado a Aspas.
As outras mudanças seriam nos GruposCeF. No primeiro, a França – que beneficiou de um penálti contra a Austrália – e viu a Dinamarca ser-lhe apontado outro contra – a favordaAustrália–acabariaatrás dos escandinavos. No F, a Suécia teria um empate em vez de uma vitória contra a Coreia do Sul, e terminaria atrás do México.
Mas, onde se percebe melhor o impacto do VAR é nos penáltis assinalados. O anterior máximo em Mundiais era de 19 e neste já foram marcados 24(18 convertidos), dez dos quais apenas depois de indicação do videoárbitro para os juízes.