O Jogo

Temos agora no Mundial este “Atlético de Madrid”

- Manuel Queiroz

Aseleção de Portugal caiu desta vez no lado errado do quadro dos jogos – caiu para França, Argentina, Brasil – e o Uruguai é um enorme obstáculo, na minha avaliação é mesmo intranspon­ível pela equipa que jogou até agora. Falta saber se temos outra. Não acredito que Fernando Santos faça muitas alterações, depois de perceber que os jovens (Bernardo Silva, Bruno Fernandes e mesmo Gonçalo Guedes ou André Silva) ainda não estão preparados para elevarem, num Mundial, a prestação do conjunto. Não lhes falta qualidade, mas é preciso tempo. Mas sim, William deve estar em condições e Gonçalo Guedes é capaz de jogar. Este Uruguai é uma espécie de Atlético de Madrid do Mundial e os seus dois defesas-centrais, que vêm de lá, marcam muito a equipa. Além de Suárez e Cavani e ainda Bentancur e Torreira, numa correnteza central – diria Mestre Vítor Santos – que é quase imbatível. À qual ainda ninguém marcou um golo, de resto. É um jogo que põe em campo memórias de La Liga. Pepe contra Luis Suárez, o CR7 contra Godín e Giménez. “Mas as equipas de futebol são feitas de vidro, podem quebrar”, diz Tabárez. É bem verdade, sobretudo quando estão pouco confiantes, como é o caso de Portugal (o Uruguai ganhou os três encontros com cinco golos de “pelota quieta”, como dizem pela América do Sul). Mas os campeões são os que sabem dar a volta a momentos difíceis!

“Adoro o futebol porque é o contrário da ciência: contraditó­rio, primitivo, emocional”

Jorge Valdano,

no “Guardian”

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Luis Suárez e os centrais do Atlético, Giménez e Godín
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