Temos agora no Mundial este “Atlético de Madrid”
Aseleção de Portugal caiu desta vez no lado errado do quadro dos jogos – caiu para França, Argentina, Brasil – e o Uruguai é um enorme obstáculo, na minha avaliação é mesmo intransponível pela equipa que jogou até agora. Falta saber se temos outra. Não acredito que Fernando Santos faça muitas alterações, depois de perceber que os jovens (Bernardo Silva, Bruno Fernandes e mesmo Gonçalo Guedes ou André Silva) ainda não estão preparados para elevarem, num Mundial, a prestação do conjunto. Não lhes falta qualidade, mas é preciso tempo. Mas sim, William deve estar em condições e Gonçalo Guedes é capaz de jogar. Este Uruguai é uma espécie de Atlético de Madrid do Mundial e os seus dois defesas-centrais, que vêm de lá, marcam muito a equipa. Além de Suárez e Cavani e ainda Bentancur e Torreira, numa correnteza central – diria Mestre Vítor Santos – que é quase imbatível. À qual ainda ninguém marcou um golo, de resto. É um jogo que põe em campo memórias de La Liga. Pepe contra Luis Suárez, o CR7 contra Godín e Giménez. “Mas as equipas de futebol são feitas de vidro, podem quebrar”, diz Tabárez. É bem verdade, sobretudo quando estão pouco confiantes, como é o caso de Portugal (o Uruguai ganhou os três encontros com cinco golos de “pelota quieta”, como dizem pela América do Sul). Mas os campeões são os que sabem dar a volta a momentos difíceis!
“Adoro o futebol porque é o contrário da ciência: contraditório, primitivo, emocional”
Jorge Valdano,
no “Guardian”