O Jogo

Leões querem CAP revogado

SAD advoga que o órgão consultivo é “parcial” e apela à ministra da Justiça para que o anule

- FREDERICO BÁRTOLO RUI MIGUEL GOMES

Missiva enviada defende que a criação do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), em 2013, delimitou a ação da comissão, que hoje só tem dois membros em funções, ambos criticados em Alvalade

As nove rescisões até aqui apresentad­as estão na ordem prioritári­a dos trabalhos do Sporting. O JOGO sabe que o emblema verde e branco enviou, a 19 de junho, uma carta à ministra da Justiça, Francisca Van D unem, solicitand­o a revogação da autorizaçã­o da Comissão Arbitral Paritária( CAP) como centro de arbitragem voluntária. Em Alvalade entendese que, após a criação do Tribunal Arbitral do Desporto, em 2013, a Comissão Arbitral Paritária limitada no seu poder legislativ­o e já devia ter deixado de funcionar a 31 de julho de 2016, pelo que não se poderá pronunciar sobre os pedidos de justa causa das nove rescisões contratuai­s, ainda que até ao momento apenas ade Rui Patrício, por já ter clube, se encontra em apreciação na CAP. Mesmo não tendo o poder decisório, a verdade é que a comissão tem o privilégio de encaminhar os processos para o Tribunal Arbitral do Desporto, verificand­o a legalidade dos mesmos. O que desagrada sobremanei­ra aosleõe sé o aconselham­ento aos lesados sobre os procedimen­tos a seguir.

Ao que o JOGO apurou, o Sporting advoga na missiva que a passagem, a 1 de agosto de 2016, do CAP para o Tribunal Arbitral de Desporto não se verificou, pedindo assim a Van Dunem que revogue a autorizaçã­o à dita comissão. A carta foi enviada ainda com Bruno de Carvalho como líder do Conselho Diretivo leonino e não há ainda data prevista para a resposta. Mantém-se em cima da mesa a possibilid­ade de o Sporting ir a tribunal, contestand­o não só a influência de um órgão meramente consul- tivo mas, acima de tudo, a imparciali­dade dos dois advogados membros do CAP: Lúcio Correia é acusado de defender as posições dos jogadores em diversos programas televisivo­s; já a Madalena Januário, relatora do caso de Rui Patrício, o Sporting aponta-lhe falta de independên­cia por ser sócia do escritório de Tiago Rodrigues Bastos, advogado do Sindicato dos Jogadores e que está ao serviço dos praticante­s de futebol profission­al. As críticas subiram de tom com a renúncia de Ricardo Nascimento, ex-presidente do CAP, declarando con-flito de interesses, ex ata mente o que os leões afirmam existir. Neste momento, o único caso que chegouàp os sedaCo missão Ar bit ralé ode Rui Patrício. Os restantes oito atletas continuam sem clube.

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William, Patrício e Rúben Ribeiro alegam justa causa
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DE FALTA DE INDEPENDÊN­CIA
MADALENA JANUÁRIO É RELATORA DO CASO PATRÍCIO E SPORTING ACUSA-A DE FALTA DE INDEPENDÊN­CIA

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