A dupla que raramente falha
TAEKWONDO Rui Bragança só perdeu na final e Júlio Ferreira garantiu o bronze
Atletas portugueses deixaram Espanha com medalhas ao peito, mas também críticas à Federação por lhes faltarem os coletes mais evoluídos. Benfiquista explicou que isso faz a diferença
Frente a Jesús Tortosa, número dois do ranking olímpico e a jogar em casa, Rui Bragança perdeu por 15-2, mas conseguiu a medalha de prata. O combate já era o da final da categoria de -58 kg e envolvia os dois melhores atletas presentes, depois de o vimaranense ter batido o marroquino Amine Elhamrazi (26-17) e o sérvio Milos Gladovic (10-8). Júlio Ferreira, minutos antes, tinha garantido o bronze em -80 kg, confirmando o valor dos dois mais cotados atletas nacionais de taekwondo. “De início foi um combate muito equilibrado, mas depois houve uma falta minha e comecei a perder 1-0. Fiquei a pensar naquilo e esse segundo de distração deu logo o 3-0. A partir daí complicou-se...”, explicou Bragança sobre a final, lembrando que estava a lutar com “um adversário que foi quinto nos Jogos Olímpicos”. Depois, “um bocadinho de cansaço à mistura” e também “um árbitro um pouco mais restrito” levaram a um desfecho desequilibrado. Rui Bragança acredita que “deixou bons indicadores”, mas lamentou não ter equipamento semelhante ao dos opositores. “Não temos os mesmos coletes e torna-se mais complicado. Quando são atletas do nosso nível e qualquer pormenor faz a diferença, essa é uma das grandes!”
“Claro que com o ouro se fica sempre mais feliz, mas não deixam de ser seis pontos para o ranking olímpico” Rui Bragança Medalha de prata em -58 kg