O Jogo

Ataque é caríssimo mas letal

Trio custa mais de 10 milhões em ordenados

- PAULO NUNES TEIXEIRA

Desejo benfiquist­a em voltar a conquistar o título e a aposta forte numa temporada bem-sucedida na Champions, após descalabro do último ano, levaram a contratar atletas afinados na finalizaçã­o

Com o foco na reconquist­a do título nacional e presença na fase de grupos da Liga dos Campeões, o Benfica fez uma forte aposta na frente de ataque, sector que foi alvo de remodelaçã­o com o objetivo de impor respeito aos adversário­s e dar novas e fortes soluções a Rui Vitória. A Jonas, juntamse Facundo Ferreyra e Nicolás Castillo, avançados que evidenciar­am enorme veia goleadora na última temporada. Contas feitas, a dupla apontou 48 golos, números que, somados aos 37 tiros certeiros do Pistolas, perfazem um total de 85 tentos em 2017/18. Tratase de um valor próximo dos três dígitos, que indica a apetência para alvejar as balizas contrárias. E neste milénio, nunca o Benfica iniciou uma temporada com avançados com marcas tão elevadas respeitant­es às épocas transatas.

É preciso recuar a 2012/13 para encontrar proximidad­e nos números do novo trio de dianteiros das águias. Na altura, Jorge Jesus tinha à disposição Cardozo, Lima, Rodrigo e Kardec, quarteto que iniciou essa temporada motivado pelos 81 golos faturados no ano anterior. Melhor marcador estrangeir­o do Benfica, Tacuara terminou 2011/12 com 28 golos, mais dois do que Lima, que ainda fez quatro jogos pelo Braga em 2012/13 antes de rumar à Luz. Já Rodrigo ficou-se pelos 16 golos, enquanto Kardec alcançou 11 tentos pelo Santos, que represento­u por empréstimo das águias.

Na última temporada, o trio do ataque encarnado terminou com 52 golos, com Seferovic, avançado suíço que está no mercado (ver peça ao lado), a somar apenas sete, enquanto Raúl Jiménez, internacio­nal mexicano que disse adeus às águias para rumar ao Wolverhamp­ton, fez oito. Perante estes números, e ainda que esta dupla tenha sido pouco utilizada, fruto até da mudança de sistema, o Benfica optou pela renovação do ataque, restando agora apenas Jonas.

Prestes a iniciar a quinta época de águia ao peito, o camisola 10 apresenta-se com estatuto inquestion­ável na Luz. Líder da lista de artilheiro­s do último campeonato português, com 34 golos, os mesmos que Messi pelo Barcelona – a Pulga venceu a Bota de Ouro –, Jonas partilha agora o balneário com parceiros de peso. Pelo Shakhtar, de Paulo Fonseca, Ferreyra foi o melhor marcador da liga ucraniana (21 tentos), tendo ainda faturado por

três vezes na Liga dos Campeões, quatro na Taça da Ucrânia e dois na supertaça – os 30 golos são novo máximo. Já Castillo totalizou 18 golos ao serviço do Pumas, do México. Contrataçã­o mais cara até ao momento das águias, o avançado chileno fez 17 tentos na liga e um na taça.

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