O Jogo

ALTOS, LOIROS E DETERMINAD­OS

Suecos foram para cima dos suíços desde o apito inicial e, construind­o muito mais oportunida­des, acabaram recompensa­dos

- RODRIGO CORTEZ

Altos, loiros e toscos era uma expressão habitualme­nte utilizada em Portugal para ilustrar a fraca técnica individual de grande parte dos jogadores provenient­es da Escandináv­ia. Pois bem, se continuam a ser altos e loiros, a parte do “tosco” está agora completame­nte deslocada no tempo. Forsberg, por exemplo, é um exemplo de boa técnica individual, ele que foi o autor do único golo que carimbou o apuramento sueco para os quartos de final, enviando para casa uma Suíça, que fez um Mundial em reta descendent­e: às exibições magníficas que lhe renderam um empate contra o Brasil e uma vitória sobre a Sérvia, sucederam-se o empate com a Costa Rica e, agora, esta definitiva derrota.

Para além da boa técnica de Forsberg, os escandinav­os destacaram-se pela mesma atitude determinad­a que já lhes tinha valido a surpreende­nte vitória por 3-0 sobre o México. A seleção de amarelo apostou desde o início numa atitude destemida, empurrando para trás a Suíça com jogadas ofensivas a toda a velocidade e sempre com muitas unidades perto da área contrária, em condições de fazerem o golo.

Na primeira parte faltou apenas a finalizaçã­o. Das quatro oportunida­des construída­s pelos nórdicos, três foram rematadas sem direção. Eficácia a menos... e Sommer a mais. Isto porque, quando a Suécia acertava na baliza, estava lá o guarda-redes do Borússia de Moenchengl­adbach a voar para defender o impossível, como aconteceu aos 29’, a remate cruzado de Marcus Berg que ia a entrar mesmo junto ao poste mais distante.

Do lado suíço, Shaqiri assumiu sem problemas o estatuto de estrela da companhia, sobretudo na segunda parte, quando era preciso chegar ao empate. Ele do lado direito e Embolo e Rodríguez do lado esquerdo conseguira­m desenhar algumas jogadas de qualidade, mas no centro da área Granqviste o ex-benfiquist­a Lindelof mostraram entrosamen­to, afastando a maioria das jogadas de perigo. Foi mesmo a Suécia a estar mais próxima do segundo golo, jána partefinal,quando Martin Olsson se isolou na cara de Sommer. Lang empurrou-o por trás e viu o vermelho. O árbitro começou por apontar para a marca de penálti mas depois de consultar o VAR alterou a decisão para livred ire to. Não foi golo, mas o tempo foi passando, confirmand­o o apuramento sueco.

 ??  ?? Forsberg (n.º 1o nos calções) estreou-se a marcar no Mundial e deixou os suecos em êxtase
Forsberg (n.º 1o nos calções) estreou-se a marcar no Mundial e deixou os suecos em êxtase

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