ALTOS, LOIROS E DETERMINADOS
Suecos foram para cima dos suíços desde o apito inicial e, construindo muito mais oportunidades, acabaram recompensados
Altos, loiros e toscos era uma expressão habitualmente utilizada em Portugal para ilustrar a fraca técnica individual de grande parte dos jogadores provenientes da Escandinávia. Pois bem, se continuam a ser altos e loiros, a parte do “tosco” está agora completamente deslocada no tempo. Forsberg, por exemplo, é um exemplo de boa técnica individual, ele que foi o autor do único golo que carimbou o apuramento sueco para os quartos de final, enviando para casa uma Suíça, que fez um Mundial em reta descendente: às exibições magníficas que lhe renderam um empate contra o Brasil e uma vitória sobre a Sérvia, sucederam-se o empate com a Costa Rica e, agora, esta definitiva derrota.
Para além da boa técnica de Forsberg, os escandinavos destacaram-se pela mesma atitude determinada que já lhes tinha valido a surpreendente vitória por 3-0 sobre o México. A seleção de amarelo apostou desde o início numa atitude destemida, empurrando para trás a Suíça com jogadas ofensivas a toda a velocidade e sempre com muitas unidades perto da área contrária, em condições de fazerem o golo.
Na primeira parte faltou apenas a finalização. Das quatro oportunidades construídas pelos nórdicos, três foram rematadas sem direção. Eficácia a menos... e Sommer a mais. Isto porque, quando a Suécia acertava na baliza, estava lá o guarda-redes do Borússia de Moenchengladbach a voar para defender o impossível, como aconteceu aos 29’, a remate cruzado de Marcus Berg que ia a entrar mesmo junto ao poste mais distante.
Do lado suíço, Shaqiri assumiu sem problemas o estatuto de estrela da companhia, sobretudo na segunda parte, quando era preciso chegar ao empate. Ele do lado direito e Embolo e Rodríguez do lado esquerdo conseguiram desenhar algumas jogadas de qualidade, mas no centro da área Granqviste o ex-benfiquista Lindelof mostraram entrosamento, afastando a maioria das jogadas de perigo. Foi mesmo a Suécia a estar mais próxima do segundo golo, jána partefinal,quando Martin Olsson se isolou na cara de Sommer. Lang empurrou-o por trás e viu o vermelho. O árbitro começou por apontar para a marca de penálti mas depois de consultar o VAR alterou a decisão para livred ire to. Não foi golo, mas o tempo foi passando, confirmando o apuramento sueco.