O Jogo

História contraria os novos favoritos

ENCONTROS Nos “quartos” do Mundial só se registam seis jogos nos quatro duelos. Dos candidatos, Brasil foi o único a ganhar ao rival

- FREDERICO BÁRTOLO

Uruguai já amargou França três vezes e a Inglaterra nunca superou a Suécia em Mundiais. O embate entre croatas e russos estreia-se na prova. Sobra a canarinha, que cumpriu em 2002, eliminando a Bélgica

Dos oitavos de final para os “quartos”, Espanha (frente à Rússia) e Portugal (diante do Uruguai) destacaram-se nas eliminaçõe­s de potenciais candidatos ao título. A Argentina tombou nos “oitavos”, mas por duelo de múltipla com a França. Agora, com as meias-finais a um passo, história, nível exibiciona­l e qualidade individual dos jogadores apontam para quatro claros favoritos: França, Brasil, Inglaterra e Croácia.

Porém, a tradição nega as possíveis facilidade­s. A França, que já somou dois Europeus e um Mundial, contra os dois longínquos de Uruguai (1930 e 1950), nunca derrotou a celeste na prova e, em 1966, os sul-americanos somaram a única vitória em três disputas. No entanto, os empates dos outros dois duelos (2002 e 2010) tiveram a mesma consequênc­ia: gauleses eliminados na fase de grupos.

A Inglaterra (campeã em 1966) encontra uma Suécia a revolucion­ar o padrão de jogo direto. Se os Três Leões conseguira­m quebrar a maldição dos penáltis, esperam que o alento os ajude a afastar o fantasma Suécia, a qual já empatou duas vezes com os britânicos (2002 e 2006 nos grupos). Segue-se uma Croácia recheada de talento (Modric, Rakitic e Mandzukic acima de todos) e dominadora, enfrentand­o uma pragmática Rússia, sem tantos nomes de relevo, mas com Golovin a ganhar estatuto. Para repetir a ida à meia-final, como em 1998, os de Leste terão de ganhar o duelo de estreia entre seleções. O Brasil, pentacampe­ão, é um crónico candidato, e choca com uma empolgante Bélgica, uma desilusão habitual nas grandes decisões. Só o escrete foge à estatístic­a, tendo vencido os diabos vermelhos na Coreia/Japão, no único jogo entre ambos. Juntando o emparelham­ento, só um triunfo, em seis possíveis, para estes quatro maiores nomes deixa tudo em aberto e demonstra que estes “quartos” têm vários “outsiders” habituados a estas andanças.

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Em 2010, Forlán ajudou o Uruguai a deixar KO a França de Toulalan

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