Adote uma equipa
No dia em que ficámos a saber que Ronaldo é da Juve desde pequenino, o Mundial parou, respeitando o luto do Real que, de uma assentada, perde Cristiano e ganha Lopetegui. Vêm aí os “quartos” e é hora de adotar uma equipa. É que ver futebol sem torcer por alguém é como visitar uma exposição de Mondrian: fingimos interesse mas é uma seca. Recomendo que tentemos detetar ligações com Portugal. O Uruguai tem Maxi, homem que ficará não só na história da nossa Liga mas também da estética, já que foi cá que tirou a verruga. França tem Griezmann, neto de português (se bem que quando o vemos a fazer caretas na TV preferimos negar que tenha o nosso ADN). O Brasil partilha connosco a língua e mesmo as palavras que só usamos cá, tipo autocarro, são entendidas por Ederson ou Danilo. A restante equipa vai de ónibus. Os belgas têm Witsel e, inteligentemente, não têm Depoitre. As camisolas croatas lembram-nos o mega piquenique Continente, e há Rakitic, que em tempos beijou Daniel Carriço. Na Rússia há Mário Fernandes que, se fôssemos espertos, tínhamos naturalizado. Do plantel inglês, metade certamente já passou férias no Algarve. E há ainda Dier, o médio veloz, que topou Bruno de Carvalho antes dos outros. E com a Suécia, o que temos em comum? Provavelmente a cadeira onde está sentado é de lá.