PROVIDÊNCIA CAUTELAR CONDICIONA SORTEIO
O clube acredita que vai disputar a I Liga e vai recorrer da decisão do CD da FPF que rejeitou o recurso do União da Madeira, viabilizando a subida do Santa Clara
“No TAD podemos apresentar e defender a nossa argumentação”
Pedro Ruas
Advogado do Ac. Viseu
O clube de Viseu, que terminou a II Liga no terceiro lugar, prepara-se para avançar para o Tribunal Arbitral do Desporto. A ação pode chegar ao cúmulo de travar o início das provas profissionais
Na sequência da rejeição do recurso apresentado pelo União da Madeira e que viabilizou a subida do Santa Clara à I Liga, o Ac. Viseu vai apresentar uma providência cautelar com o objetivo de impedir o início dos campeonatos profissionais. A tomada de tal posição foi assumida por Pedro Ruas, advogado do clube viseense. “Vamos constituirnos parte processual e avançar para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD)”, adiantando que o processo vai ser acompanhado de uma providência cautelar “para que tenha efeitos suspensivos”.
Anteontem, o Conselho de Disciplina (CD) da FPF julgou improcedente o recurso do União da Madeira que pedia a “alteração da qualificação jurídica” da infração cometida pelo Santa Clara, de utilização irregular de jogadores sub-23, que foi punida com uma multa de 6210 euros. O emblema madeirense participou do clube promovido desportivamente, alegando que o Santa Clara não inscreveu, pelo menos, dois sub-23 nos jogos com Gil Vicente, Varzim e União da Madeira. Além disso, contestou ainda a inscrição por parte dos açorianos de um jogador a mais na ficha técnica na visita à Madeira e de não ter, desde fevereiro último, pelo menos, cinco sub-23 no plantel.
Já no passado dia 21 de junho, o clube de Viseu tinha admitido condicionar a realização do sorteio das competições profissionais, marcado para amanhã, em Coimbra. Pedro Ruas lamentou que o caso tenha chegado a este ponto. “Houve tempo mais do que suficiente para que a situação tivesse sido resolvida e não terem esperado que desportivamente se resolvesse o problema de incumprimento dos regulamentos por parte do Santa Clara”, afirmou o causídico.