O Jogo

VITÓRIA PREPARA PRIMEIRO CORTE

Recebe mundialist­as e vai emagrecer o grupo antes da ida para Inglaterra

- PAULO NUNES TEIXEIRA

Tekpetey, extremo do Schalke, na mira

Para Toni, velha glória encarnada que usou a braçadeira na década de 70, um capitão de equipa é a extensão do treinador em campo e distingue-se pela personalid­ade e capacidade aglutinado­ra

Já com contrato assinado para cumprir mais uma temporada no Benfica, Luisão continuará a ser o capitão de equipa, mas em 2018/19 passará a contar com mais vozes de comando no eixo da defesa. Além de Jardel, que transporta a braçadeira na ausência do camisola quatro, e de Rúben Dias, antigo capitão da formação secundária (ver caixa), há também uma dupla argentina habituada a ter peso nos plantéis e que espelha a aposta na liderança, que pode ajudar a contribuir para a reconquist­a do título de campeão. Os reforços Lema e Conti eram referência­s no Belgrano e no Colón, respetivam­ente, e por isso sabem cumprir o papel.

Conhecedor das tarefas de um capitão do Benfica, função que exerceu na década de 1970, sucedendo a António Simões, Toni considera que esta situação até pode ser vantajosa para Rui Vitória. “Um capitão afirma-se pela capacidade de liderança, personalid­ade, e é isso que pode conduzir a ser extensão do treinador, sendo um aglutinado­r de vontades dentro da própria equipa. São essas caracterís­ticas que ajudam a fazer um capitão”, afirma a velha glória encarnada a O JOGO.

Do atual lote de centrais, Conti, que era descrito na Argentina como um capitão silencioso, que todos respeitava­m, é o segundo mais novo (tem 24 anos), mas a idade é relativa e Toni admite que o uso da braçadeira só vem con- firmar as credenciai­s que o exColón demonstrou no balneário argentino. “O facto de já serem capitães nas suas equipas representa um fator de liderança e é um sinal positivo”, sublinha, acrescenta­ndo que por vezes é necessário levantar a voz. “Algumas vezes, os pais também fazem isso com os filhos, e é necessário mostrar que as coisas não estão bem e alertar para possíveis erros. É uma forma de intervir”, aponta, lembrando que o facto de todos serem centrais tem uma leitura relativa. “São centrais mas podiam ser jogadores de outras posições. Não tem que ver com o perfil, mas só num guarda-redes é que é diferente, porque pode dar-se o caso de ter de abandonar o posto para intervir”, analisa.

“Lema e Conti? O facto de já serem capitães representa fator de liderança e é um sinal positivo”

Toni

Antigo capitão do Benfica

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