Celeste vai testar a paciência francesa
Saldo histórico da França com o Uruguai é dos seus mais deficitários, sem qualquer golo nos últimos cinco duelos. E agora há Godín e Giménez
Entre todos os (sete) adversários possíveis nos quartos de final, o Uruguai é, historicamente, o menos recomendado para a França. Da última vez que se encontraram, há cinco anos, um golo de Suárez vincou o estatuto da Celeste como uma espécie de besta negra dos Bleus, que nunca levaram a melhor em (três) Mundiais. Nos últimos cinco duelos, nos últimos 33 anos, não conseguiram sequer marcar qualquer golo a este rival sul-americano.
A consistência defensiva é a marca de água dos uruguaios, caucionada pelos colchone- ros Godín e Giménez, Griezmannconhece-osmelhorque ninguém e Deschamps apressou-se a sugerir que tal até pode ser uma vantagem para o seu avançado. Mas também reconheceu que os franceses vão precisar de ser pacientes e aguardar, sem se perturbarem, pelo melhor momento para desferir o golpe fatal.
Provavelmente, Óscar Tabárez vai apostar em Stuani para o lugar de Cavani – apesar de já ter treinado ontem com bola –, mas a estratégia não se irá alterar. Ainda assim, o selecionador, que vai orientar a Celeste pela 186.ª vez, não descarta a possibilidade de utilizar o avançado do PSG. Para desdramatizar, lembrou, inclusive, que a França também tem o problema da exclusão do médio Matuidi.
E esta é de facto a maior incógnita francesa, mas as alternativas oferecem garantias. Tolisso deverá ser o eleito de Deschamps, mas Fekir e Lemar também espreitam uma oportunidade.