O Jogo

Os sobreviven­tes da roleta russa

- CARLOS ALBERTO FERNANDES

A presença da Rússia nos quartos de final é uma surpresa, embora confirme a regra dos bons desempenho­s de quem organiza o Mundial. Tal como a Croácia, o conjunto de Cherchesov chega a esta fase graças à eficácia na marcação dos penáltis, eliminando a candidata Espanha e chegando pela primeira vez desde 1982 (ainda União Soviética) ao lote dos oito melhores. Mais dotada tecnicamen­te, a equipa de Zlatko Dalic tenta contrariar a sina dos desaires perante os anfitriões – derrota na meia-final de 1998 com a França e em 2014 com o Brasil (fase de grupos).

“Não há desculpas. Os meus jogadores estão habituados a jogar em ambientes adversos e ruidosos ”, afirmou, destemido, Dalic.“ÉàRúss ia que teremos de ganhar ”, comentou, acreditand­o que a Croácia poderá alimentar a ambição de ir até à final. Este será um duelo inédito em Mundiais, mas o quarto em que as duas seleções se defrontam, após dois nulos na qualificaç­ão do Euro’2008 e triunfo croata (3-1) num particular há três anos.

Segundo a Imprensa local, Stanislav Cherchesov, o treinador russo, vai apostar numa estratégia diferente em relação ao embate com os espanhóis, voltando a atuar com dois centrais, num sistema 4x2x3x1, fazendo regressar Cheryshev ao onze. “A nossa história está a ser bonita, mas temos de esquecer esse feito e virar todas as atenções para este jogo”, comentou o selecionad­or russo.

Já a Croácia deve manter-se fiel ao seu 4x3x3, com a principal dúvida a relacionar-se com a aptidão de Strinic no lado esquerdo da defesa.

“Os nossos jogadores estão habituados a ambientes adversos”

Zlatko Dalic

Selecionad­or da Croácia “A nossa história está a ser bonita, mas agora temos de esquecer o passado”

Stanislav Cherchesov

Selecionad­or da Rússia

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Dzagoev estará recuperado mas não deve ser titular

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