O melhor dia da vida de Southgate
TREINADOR Aos 47 anos, o líder inglês não tinha tido ainda uma alegria destas. Já Janne Andersson reconhece superioridade do rival
O selecionador inglês repete os feitos de Alf Ramsey e Bobby Robson, os únicos que conseguiram levar os Três Leões até tão longe em Mundiais. Contudo, só o primeiro ergueu o troféu
Aos 47 anos, Gareth Southgate viveu ontem o dia mais feliz da carreira de treinador, iniciada em 2006 ao serviço do Middlesbrough. “Foi o meu melhor dia, sem dúvida”, confessou o técnico que foi internacional inglês e jogou a última meia-final dos Três Leões numa grande prova: o Euro’1996, onde viria a falhar um penálti na derrota no desempate dos 11 metros contra a Alemanha. Por outro lado, igualou Alf Ramsey e Bobby Robson, os único técnicos que levaram a Inglaterra às semifinais de Mundiais, sendo que só o primeiro foi campeão, em 1966, ao passo que o segundo foi 4.º classificado em 1990.
“Estou muito orgulhoso de tudo o que foi feito. Só chegámos até aqui graças à força do coletivo. Sabíamos que seria um jogo completamente diferente do que disputámos com a Colômbia e que teríamos de elevar o nível, pois a Suécia não permite que os adversários joguem da forma que gostam. É uma equipa bem organizada, subestimámo-la algumas vezes no passado, mas aqui o nosso estado de espírito era igual ao deles e havia um pouco mais de qualidade do nosso lado. Pickford esteve soberbo e a defesa que efetuou aos 70’ foi decisiva.”
Quanto ao selecionador sueco, Janne Andersson, reconheceu a superioridade inglesa. “Eles são suficientemente
“O nosso estado de espírito era igual ao deles e havia um pouco mais de qualidade do nosso lado” Gareth Southgate Selecionador inglês
bons para vencerem o Mundial. São esforçados e bem organizados. Parabéns. Têm boa equipa e não deram muito espaço para atacarmos. Nem acho que tenhamos feito algo de errado, mas não conseguimos atingir o melhor nível e enfrentámos um bom adversário”, analisou, destacando a atuação de Pickford: “Voltou a fazer grandes defesas. Se tens um grande guarda-redes pela frente tens de o respeitar.” Apesar de tudo, Andersson saiu satisfeito da Rússia.