Claudemir traz pedigree de Champions
Médio brasileiro é o sexto reforço da temporada
A anunciada debandada do meio-campo da última época (Danilo, André Horta e, muito provavelmente, Vukcevic) obrigou a SAD a investir num médio com provas dadas no panorama europeu
Claudemir, de 30 anos, 10 deles passados na Europa, é a sexta contratação do Braga para esta temporada. O médio brasileiro já se encontra em Portugal para realizar os habituais exames médicos, podendo mesmo ser anunciado oficialmente durante o dia de hoje. Na última época, Claudemir representou o Al-Ahli Jeddah, segundo classificado do campeonato saudita, onde chegou em 2017, depois de ter representado clubes como o Vitesse, Copenhaga e Brugge. No currículo, o médio traz a conquista de um campeonato dinamarquês e outro belga, para além de uma vasta experiência nas competições europeias – soma 52 jogos entre Liga dos Campeões, Liga Europa e fases de qualificação.
Claudemir é um médio à imagem do estilo de jogo de Abel Ferreira: não é um seis puro, meramente defensivo, sendo antes um oito que consegue aliar com eficácia o momento da recuperação de bola com o processo ofensivo, como provam o número de golos e assistências que tem ao longo da carreira. Este brasileiro, que fez a formação no Palmeiras, chegou à Europa ainda jovem, tendo a curiosidade de ter sido sempre titular em todas as equipas por que passou, com duas delas (Copenhaga e Brugge) a terem a obrigação de lutar continuamente pelo título de campeão nos respetivos países.
Em 2016/17, Claudemir, então ao serviço do Brugge, defrontou por duas vezes o FC Porto na fase de grupos da Liga dos Campeões – perdeu os dois jogos, por 2-1 na Bélgica e 1-0 no Dragão –, prova que até já tinha sido decisiva para a sua afirmação no futebol europeu. Isto porque, em 2011/12, na primeira experiência ao mais alto nível, Claudemir marcou o golo do empate (1-1) do Copenhaga diante do todo-poderoso Barcelona de Pep Guardiola. “Esse foi o jogo que mudou a minha história”, recordou, em tempos. Claudemir chega livre ao Braga, depois de ter rescindido contrato com o Al-Ahli devido a “dificuldades de adaptação” da sua família à realidade saudita.