Amor à prova de tudo
Comitiva leonina foi ontem recebida em Genebra por meia centena de adeptos, que fizeram questão de combater tempos difíceis com incentivo
O verão quente da turma de Alvalade fez alguma mossa na euforia, mas, em sentido inverso, alimentou maior união entre os simpatizantes que não ficaram em casa e os atletas
De regresso à Suíça, palco habitual dos últimos estágios de pré-época, o Sporting voltou a sentir o calor dos emigrantes na chegada a Genebra, ao final da tarde. Da “ilha” verde e branca que se formou no aeroporto ecoaram cânticos de apoio a um grupo de jogadores do qual já não fazem parte as vítimas do primeiro corte de José Peseiro: Gelson Dala, Wallyson, Jatobá e André Geraldes. A comitiva liderada por Manuel Fernandes retribuiu o carinho com sorrisos para as várias câmaras de telemóvel que se ergueram ao primeiro vislumbre dos leões, mas a euforia, essa, era diferente da de anos anteriores.
O choque sentido pelos recentes acontecimentos, da invasão à Academia à convulsão política, passando pelas rescisões, pesou no número de adeptos em Cointrin e a meia centena que ali se deslocou optou por abraços e mensagens de incentivo aos jogadores, em detrimento de cânticos a pedir títulos. “É um momento difícil e muita gente não quis vir por estar desanimada. Mas acho que é nestes momentos que temos de estar do lado deles e mostrar o nosso amor incondicional pelo clube. Normalmente, até jogam melhor quando as coisas não estão bem”, atirou Daniel Pereira, jovem adepto equipado a rigor e voz da esperança leonina, a O JOGO.