O Jogo

França e Bélgica é mesmo um “dérbi”

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França e Bélgica, vizinhos de fronteira, de língua (ao menos uma parte), de cultura e inevitavel­mente de futebol, encontram-se hoje em São Petersburg­o na meiafinal do Mundial. É mesmo um “dérbi”, tal a proximidad­e e as ligações históricas e futebolíst­icas, embora se trate de um grande país de 67 milhões de habitantes contra outro de apenas onze milhões e meio.

As escolas futebolíst­icas são parecidas, mas diferentes. A Bélgica pende mais para a Alemanha, sempre com uma cultura de contra-ataque. No início deste século, o então diretor técnico nacional belga, Michel Sablon, começou a desenvolve­r um programa para melhorar os jogadores e as equipas, e em boa parte esta geração é consequênc­ia disso. O que nunca conseguiu foi voltar a ter uma liga do nível que tinha nos anos 70 e 80 (nona do ranking). Sablon lançou as seleções em 4x3x3 mas hoje, com Roberto Martínez, a equipa joga em 3x4x3, mantendo as caracterís­ticas de contraataq­ue.

Guy Roux, o francês que treinou o Auxerre uma vida, diz que “a Bélgica tem dois jogadores excecionai­s, De Bruyne e Hazard, e a França nem um – Mbappé é bom mas vale o que valia Hazard há cinco anos”. O guarda-redes Lloris diz que a Bélgica “é a equipa mais completa: grande defesa, excelente ataque, bons pelo ar e pelo solo – vai ser preciso uma grande França para ganhar”. Marc Wilmots, antigo selecionad­or belga, aponta como problema “o facto de os defesascen­trais serem já um pouco velhos”.

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De Bruyne e Hazard são os maiores talentos belgas, diz Guy Roux
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Manuel Queiroz

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