O Jogo

A pequena Croácia no tempo dos pequenos

- Manuel Queiroz

A Croácia é o mais pequeno país a poder ganhar um Mundial de futebol desde há 68 anos, quando o Uruguai ganhou o tal “Maracanazo” que não era exatamente uma final (o sistema era diferente) mas decidiu o título. São 4,5 milhões de habitantes apenas, mas um país que já foi também campeão mundial de básquete. E de polo aquático, para falar só em modalidade­s coletivas. Não é pouca coisa para um país que nasceu em 1991, há 27 anos. Dir-se-á que depois de ganhar “oitavos” e “quartos” nos penáltis e a meia-final no prolongame­nto, falta à Croácia mais um… empate para ser campeã do mundo. Pelo menos nos 90 minutos. Mas a equipa de Lovren, Modric, Rakitic, Perisic, Mandzukic tem um fundo futebolíst­ico inegável e já em 1998 tinha chegado à meiafinal, perdendo-a com a França. A mesma França que agora vai enfrentar na final. Zlatko Dalic, o treinador desconheci­do, elevado à pressa a selecionad­or em poucas horas para o último jogo da qualificaç­ão em outubro (que ganhou na Ucrânia, 2-0), o único treinador dos quatro semifinali­stas cujo contrato termina com o Mundial – todos os outros tinham até 2020 – conseguiu levar a equipa ao play-off, primeiro, e agora à final do Mundial. Uma impossibil­idade para um pequeno país no futebol moderno, mas depois do pequeno Portugal campeão da Europa, há uma pequeníssi­ma Croácia que pode ser campeã do mundo. A França é também o obstáculo final.

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Mandzukic marcou o golo decisivo que apurou os croatas
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