O Jogo

Gedson sobe ao palco

Ponta de lança argentino estreou-se a marcar

- RUI MIGUEL GOMES

Águias vencem Torneio

do Sado com médio de 19 anos a carregar a equipa

Há muito que nos corredores da Luz se olha para Gedson como o futuro 8 do Benfica e ontem, no derradeiro enconnum tro do Torneio Internacio­nal do Sado – que terminou com Jardel a erguer o troféu de vencedor –, o miúdo mostrou predicados para tal, confirmand­o que os degraus da afirmação estão a ser galgados com segurança, is toem noite de escassas e curtas ilações. E se o jovem de 19 anos – que ficou estrategic­amente fora do campeonato da Europa da categoria para que pudesse fazera pré-temporada entre o plantel sénior dos encarnados – foi um dos aspetos positivos a reter, outro passou sobretudo pelos sinais que Ferreyra deu na frente de ataque, exibindo a espaços argumentos que o podem tornar num caso sério neste Benfica, a jogar por dentro, na área, onde marcou, mas também oferecendo momentos de mobilidade para os corredores, ludibriand­o a marcação direta.

No segundo teste de pré-época, Rui Vitória inverteu o teste sistémico. Desta feita, depois do Napredak, avançou a dupla ofensiva formada por Jonas e Ferreyra, apoiada pelo bloco intermédio com Gedson no coração do miolo, resguardad­o por Fejsa, e com os alas Cervi e Pizzi. Este, recorrendo sempre aos movimentos interiores para equilibrar o sector, assistiu Ferreyra para o golo dos encarnados, que dominaram o primeiro tempo, fruto, em particular, da capacidade de pressão e da aceleração em algumas transições de Gedson. O petiz, junto com Fejsa, exibiu-se ao ponto de justificar um teste mais sério, perante um oponente com outros atributos táticos e técnicos. Mas assim, comum médio capaz de oferecer o que Gedson prometeu dar à equipa – ainda que

Depois do Napredak, foi o 4x4x2 a dar sinais de vida, isto face à matriz tática que teve em Castillo um homem solitário lá na frente. Duelo cheirou a I Liga

patamar preparatór­io –, podem animar-se as hostes da Luz com uma séria opção para o posto, isto quando Luís Filipe Vieira e a sua equipa olham para o mercado à procura de um elemento para a posição com maior experiênci­a e “qualidade”, o que se percebe.

A vantagem ao intervalo era natural para o vice-campeão nacional, ainda que apenas tenha prometido perigo em quatro momentos, dois deles na jogada dogol operante o emblema sadino de Li to Vidigal, o qual se exibiu, provavelme­nte, com os sectores defensivo e de meio-campo próximos dos da equipa titular, enquanto o ataque, esse, ficou a cargo de jovens sem rotinas, entre eles um Valdu Té que está “à experiênci­a”. A falta de oportunida­des e de armas ofensivas não permitiu que Vlachodimo­s e

Conti fossem minimament­e testados. Ora, no segundo tempo, Rui Vitória puxou do 4x3x3, com Castillo na frente apoiado pelos extremos Heriberto e João Félix, secundariz­ados pelas incursões frontais de Gedson e Chiquinho, umjovem ainda curto para o patamar encarnado. Sem jogo, o avançado chileno viu “bola” e as aceleraçõe­s de Heriberto de nada valeram, nem os apontament­os técnicos de João Félix. Nem um remate se viu em 45 minutos, nos quais o Vitória de Setúbal logrou empatar após um lance de bola parada, por Vasco Fernandes, num momento de passividad­e defensiva dos encarnados. E nos descontos, o juiz ainda ouviu um sonoro “gatuno” quando Allef, isolado, caiu na área perante a proximidad­e de Lisandro e Lema: pediu-se penálti.

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