O Jogo

A máquina já carbura

BRAGA O Hull City pagou a fava da partida pregada pelo Leixões. Os bracarense­s cilindrara­m no primeiro teste do estágio no Algarve

- PEDRO ROCHA

O Braga é uma máquina bem montada capaz de destruir qualquer adversário. Soluçoucon­tr ao Leixões,é verdade, mas oregressoà normalidad­e foi imediato, coma equipa a esburacar facilmente o Hull City, da Championsh­ip inglesa, no primeiro teste enquadrado no estágio que decorre no Algarve. Foi um festim de golos e só não se tratou de uma viagem no tempo perfeita, porque o reforço Murilo fez questão de se intrometer na marcha do marcador protagoniz­ada por Wilson Eduardo, Raúl Silva e Ricardo Horta.

É errado, porém, pensar que este Braga cheira a naftalina. Está como novo e o tempo, combinado com muito suor nas férias, até fortaleceu alguns, sendo Wilson Eduardo o caso mais paradigmát­ico. A vender frescura física, fruto do trabalho que realizou com um personaltr­ainer amigo, sempre pronto a desmarcar-se, a exploraras costas da defesa contrária e minou por completo a formação britânica, abrindo caminho para a vitória do Braga num lance em que apareceu no sítio certo a recolher um oportuno lançamento de Rosic. Será mais ou menos isto que Abel Ferreira pretende para a equipa: veloci- dade de processos e precisão na finalizaçã­o. Dyego Sousa falhou escandalos­amente na segunda vertente, mas na generalida­de este Braga até parece roçar a excelência, como se viu no segundo tempo, depois de Matheus ter evitado que Bowen repusesse à bomba a igualdade no marcador. Já com Ricardo Horta (um golo e uma assistênci­a) e Xadas em campo, os arsenalist­as dispararam para os tais níveis competitiv­os “habituais” e o golo de Ritson, num canto, não foi mais do que uma pontual contraried­ade.

“Trabalhamo­s para o título, sabendo que é um processo lento”

Eduardo

Médio do Braga

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Murilo, do Braga, tenta escapar à pressão do médio Jon Toral

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