A máquina já carbura
BRAGA O Hull City pagou a fava da partida pregada pelo Leixões. Os bracarenses cilindraram no primeiro teste do estágio no Algarve
O Braga é uma máquina bem montada capaz de destruir qualquer adversário. Soluçoucontr ao Leixões,é verdade, mas oregressoà normalidade foi imediato, coma equipa a esburacar facilmente o Hull City, da Championship inglesa, no primeiro teste enquadrado no estágio que decorre no Algarve. Foi um festim de golos e só não se tratou de uma viagem no tempo perfeita, porque o reforço Murilo fez questão de se intrometer na marcha do marcador protagonizada por Wilson Eduardo, Raúl Silva e Ricardo Horta.
É errado, porém, pensar que este Braga cheira a naftalina. Está como novo e o tempo, combinado com muito suor nas férias, até fortaleceu alguns, sendo Wilson Eduardo o caso mais paradigmático. A vender frescura física, fruto do trabalho que realizou com um personaltrainer amigo, sempre pronto a desmarcar-se, a exploraras costas da defesa contrária e minou por completo a formação britânica, abrindo caminho para a vitória do Braga num lance em que apareceu no sítio certo a recolher um oportuno lançamento de Rosic. Será mais ou menos isto que Abel Ferreira pretende para a equipa: veloci- dade de processos e precisão na finalização. Dyego Sousa falhou escandalosamente na segunda vertente, mas na generalidade este Braga até parece roçar a excelência, como se viu no segundo tempo, depois de Matheus ter evitado que Bowen repusesse à bomba a igualdade no marcador. Já com Ricardo Horta (um golo e uma assistência) e Xadas em campo, os arsenalistas dispararam para os tais níveis competitivos “habituais” e o golo de Ritson, num canto, não foi mais do que uma pontual contrariedade.
“Trabalhamos para o título, sabendo que é um processo lento”
Eduardo
Médio do Braga