“Refuto qualquer acordo com Bruno”
Candidato volta a demarcar-se do ex-presidente, mas admite unir-se a outros projetos. Acredita que candidatura não será chumbada
Choca-o “estar suspenso”, mas prefere olhar para a frente, onde perspetiva bom senso por parte da Comissão de Fiscalização: “O momento é de análise ao que já foi feito, não de tirar direitos aos sócios”
Carlos Vieira reforçou ontem a corrida “extra-Bruno” que está a encabeçar rumo à presidência do Sporting. Por ser “um institucionalista”, diz, ficou com o ex-líder até ao fim, mas agora é hora de seguir o seu próprio caminho.
“Na altura entendi o seguinte: se foram os sócios que me elegeram, eram os sócios que me podiam tirar. Foram momentos complicados, mas as decisões que tomei foram as que tinha de tomar, sem arrependimentos”, explicou o financeiro em entrevista à SIC Notícias, concretizando: “Temos a qualidade humana e a capacidade para prosseguir o projeto. (...) Refuto qualquer acordo com Bruno de Carvalho. Em relação às outras candidaturas, há ideias interessantes e é por isso que admito a possibilidade de fazer algum tipo de integração, algo que é normal em democracia.”
Por estar suspenso de forma preventiva da sua condição de sócio, Carlos Vieira ainda não sabe se poderá ir a votos, apesar de acreditar no bom senso da Comissão de Fiscalização.
Carlos Vieira garante que a situação financeira não é tão grave como apregoado “Acredito que no dia 8 de agosto [data final para a entrega de listas] vamos ter condições para nos candidatarmos. Choca-me estar suspenso preventivamente, parece que cometi algum crime. O momento é de fazer uma análise ao trabalho feito e projetar o futuro, não o de tirar direitos aos sócios.”
Entre vários temas abordados, o ex-dirigente abordou ainda a situação financeira do Sporting no momento da sua saída, replicando o que sempre disse, tal como Bruno: havia a necessidade do já conhecido empréstimo obrigacionista, mas por “questões de tesoura- ria” e não de falência. E sobre o ataque a jogadores e staff do Sporting na Academia, ocorrido no dia 15 de maio, Carlos Vieira é taxativo. “Não acredito no envolvimento de algum elemento da então Direção no ataque. Não acredito”, reforçou o ex-vice-presidente dos verdes e brancos.