Groenewegen atacou e fez calar os rivais
CICLISMO Etapa com maior quilometragem do Tour caiu para o sprinter da Lotto-Jumbo. Bateu os favoritos Gaviria (Quick-Step) e Peter Sagan (Bora)
Holandês aproveitou marcação entre renomados velocistas e chegou à segunda vitória no Tour – em 2017 ganhou nos Campos Elísios. No pelotão só se fala da etapa de amanhã, que acaba em Roubaix
Dylan Groenewegen (Lotto-Jumbo) era um nome relativamente desconhecido no lote de candidatos a triunfar ao sprint. A vitória nos Campos Elísios na temporada passada tudo mudou. Agora, o holandês já é olhado com desconfiança e foi com normalidade que bateu a concorrência para o êxito na maior tirada deste Tour, com 231 km.
Seguiu pelo meio da estrada, enquantoGaviria(Quick-Step Floors) e Sagan (Bora-Hansgrohe), já duas vezes vencedores nesta edição, se entreolhavam junto às barreiras. A DimensionDatadeMarkCavendish intrometeu-se na frente e liderou o comboio, mas Groenewegen foi mais lesto a saltar de roda em roda. Esboçou um festejo peculiar, calando as críticas. “Precisava de algumtempoetenho-mesentido melhor. Celebraremos hoje [ontem] à noite, quem sabe se não o conseguiremos amanhã [hoje]”, perspetivou.
Os favoritos viveram uma etapa tranquila e Van Avermaet (BMC) somou três segundos de bonificação, mantendo a camisola amarela. Geraint Thomas (Sky) está a seis segundos. Richie Porte espelhou o que paira na cabeça dos ciclistas, os 15 sectores de “pavê” de Roubaix de domingo: “Temos de superar estas etapas porque, se formos complacentes, há problemas. As quedas podem acontecer em todo o pelotão.”
À margem da corrida, Chris Froome (Sky) elogiou a Agência Mundial Antidopagem por divulgar mais factos sobre o caso de salbutamol na Vuelta, do qual o britânico foi ilibado. “Há duas fases: a da explicação e a do estudo farmacêutico. A minha nem chegou à segunda”, reforça o líder da Sky.