O Jogo

CRAQUES EM CIMA DA MESA

SÉRGIO CONCEIÇÃO PEDE A PINTO DA COSTA REFORÇOS QUE FAÇAM A DIFERENÇA

- BRUNO FILIPE MONTEIRO ANDRÉ MORAIS

Dois centrais, um lateral-esquerdo e um extremo de topo são as prioridade­s

Waris, Adrián López, Ewerton, Saidy, Chidozie e Paulinho com lugares em risco

Bissouma e Róger Guedes eram alvos concretos que o FC Porto falhou e isso deixou o técnico desconsola­do. Dois centrais, um lateral-esquerdo e um extremo são muito urgentes, reclama

Sérgio Conceição não quer mais reforços para encher plantel e exige àS AD que invista rapidament­e no real reforço da equipa. O treinador não está propriamen­te entusiasma­do com João Pedro, Saidy e Ewerton e não acredita que sem armas de qualidade reconhecid­a possa atacar a revalidaçã­o do título nacional. As perdas de Ricardo, Marcano e Reyes foram golpes duros naquilo que foi projetando, mas já antes o treinador entendia que precisava de mais valias concretas para aumentar, em qualidade, o grupo. As perdas de Róger Guedes e Bissouma, extremo e médio que elegeu como prioridade, não caíram bem e o treinador não se conseguiu calar no final da primeira derrota de pré-época, em Portimão, anteontem à noite.

No “grito” à SAD, Conceição quis demonstrar que não está satisfeito por ver o tempo a passar sem que cheguem reforços do nível que idealizou. Dois defesas-centrais, um extremo e um lateral-esquerdo são aquilo de que não abdica, embora também não se importasse de ver chegar um novo médio, com argumentos para discutir a titularida­de com Danilo, Herrera e Sérgio Oliveira, os três preferidos. Mas se o reforço do plantel é fundamenta­l, a entrada de um central é, para o treinador, mais do que urgente. Conceição nunca imaginou começar apenas com Felipe, Diogo Leite e Diogo Queirós. E muito menos ver passar quase três semanas de treinos sem que Mbemba, Militão ou outro dos centrais eleitos para a substituiç­ão de Marcano/Reyes já tivessem sido oficializa­dos. Apesar de o

ataque ser a imagem de marca do FC Porto em 2017/18, Sérgio entende que grande parte do sucesso se deve à estabilida­de defensiva e não acredita que em uma ou duas semanas consiga refazer o sector (o lateraldir­eito também saiu) sem danos colaterais. Dia 4, há Supertaça contra o Aves e na semana seguinte a estreia com o Chaves. Faltam duas semanas até sair a primeira convocatór­ia e o jogo de Portimão deixou o treinador muito preocupado.

Ainda no que toca a reforços, Conceição acredita que, um ano depois de ter chegado ao FC Porto, não recebeu nenhum que realmente possa ser considerad­o como tal. Em janeiro, sublinhou a falta de quantidade, mas na preparação da nova época reclamou qualidade, porque a SAD está mais folgada fi- nanceirame­nte e tinha tempo para se organizar. Guedes e Bissouma foram, como escrevemos na ocasião devida, alvos do dragão e alimentara­m esperança a Conceição, que vai vendo vários dossiês fechados em matérias de saídas e no reforço da equipa B, mas nenhum do seu real interesse. Ainda que tenha a certeza de que não vai perder jogadores-chaves, o treinador sabe que nem sempre as histórias se repetem e não dá como garantido o mesmo rendimento de jogadores como Brahimi, Marega ou Aboubakar, decisivos em 2017/18 e agora bastantes aliciados por emblemas de outros países capazes de lhe oferecerem um salário maior. Daí vincar àS AD que quer mais. E estar disposto a insistir até que os craques que quer cheguem.

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