“Há medo e espírito de vingança, mas vou a votos”
Ex-presidente reiterou que considera a sua suspensão preventiva ilegal, diz estar a ser perseguido e não tem dúvidas de que vai a sufrágio no dia 8 de setembro
No dia em que viu Jaime Marta Soares impedir a formalização da sua candidatura, antigo líder acusou quem está no clube de “défice de democracia” e sugeriu que a sentença do seu processo já está traçada
Bruno de Carvalho, expresidente do Sporting recentemente destituído e atualmente suspenso preventivamente da condição de sócio, vai travar uma guerra jurídica para ir a votos e não tem dúvidas de que será bem sucedido, participando como candidato no ato eleitoral agendado para dia 8 de setembro. Em entrevista à SIC Notícias, Bruno de Carvalho falou em ilegalidade no processo que lhe foi instaurado, e em falta de democracia no clube.
“Pedro Proença [advogado e mandatário da candidatura de Bruno de Carvalho; ver texto em baixo] foi claro. Não existe nos estatutos a suspensão preventiva. Percebi que a decisão deve estar tomada porque Jaime Marta Soares me chamou ex-sócio. Nenhum de nós está suspenso. Há providências, vamos ver. Neste momento, somos sócios de pleno direito. Em Portugal reina a democracia, não tenho dúvidas de que vou a votos. O processo disciplinar foi feito com base em regulamentos que não estavam em vigor quando deu início, foram registados no cartório há dias. A lei não vai aceitar essa decisão, a lei está do nosso lado, não sou eu que não vou aceitar. Têm um medo enorme que vá a eleições, é um espírito de vingança total. Jaime Marta Soares fez tribunal popular e já arranjou a sentença há muito tempo. Chama-me ex-sócio, já disse publicamente a decisão ”, acusou Bruno de Carvalho, que disse ter mexido “com muitos interesses instalados”, justificando assim o processo que lhe foi instaurado.
“O que estão afazer nãoéa defesa do Sporting. Estão a vingar-se. Não há crise, há é défice de democracia no Sporting. Vamos fazer a festa da democracia no dia 8 de setembro e que os sócios escolham. Poderei ser menos voluntarioso como presidente, esse foi o meu erro, e focar-me naquilo em que sou bom, em trabalhar e no planeamento estratégico. Não soube defender a minha imagem pelo que agora preparo uma equipa que seja âncora”, acrescentou.
O ex-presidente foi questionado sobre o futuro de José Peseiro caso vá a votos e seja eleito, escusando-se a comentar “para não atrapalhar”. O diferendo com a advogada Elsa Judas gerou-lhe “sentimento de mágoa”. “Comigo as pessoas têm de ser claras e transparentes”, justificou.