O Jogo

Obiora assinalou a diferença óbvia

Jorge Simão usou todos os jogadores e, com um esboço do que tem para enfrentar, venceu o troféu Município de Melgaço

- MÓNICA SANTOS

A meio do estágio no Alto Minho, o Boavista conquistou, ontem, o XVIII Troféu Município de Melgaço, com um golo de Obiora a sublinhar a diferença óbvia para o Coruxo, emblema galego do terceiro escalão espanhol que se bateu muito bem – e em vários sentidos. Com fortes doses de treinos nas pernas, a lucidez nem sempre prevaleceu nos movimentos axadrezado­s, embora só uma fuga de Justo pela direita tenha causado sobressalt­o,numjogodes­entido único. O domínio inquestion­ável demorou a traduzir-se em golo. Um cruzamento caprichoso de Ibra Koneh levou a bola a beijar ao de leve a trave, e foi com muito menos arte que, em cima do intervalo, um livre de Carraça para a cabeça de um defesa galego acabou nos pés de Obiora, que asseguroua­vantagemno­marcador. Adaptado com sucesso a lateral-direito, na época passada, Carraça representa, agora, um bom problema para o treinador Jorge Simão, que na segunda parte pôs em campo Edu Machado e viu o defesa de raiz também exemplar a estender o jogo até à linha – e fê-lo mesmo quando parecia impossível, num passe longuíssim­o de Rochinha em que conseguiu arrancar cruzamento para o cabeceamen­to de Rafael Costa. Com todos os jogadores disponívei­s utilizados, o que se viu foi um esboço do Boavista, numa partida com picos de agressivid­ade que a competição oficial não tolera.

“Cultivar esta dinâmica de vitória também é bom. Não vão ouvir da minha boca que o resultado não interessa”

Jorge Simão Treinador do Boavista

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Obiora, autor do golo, pressiona um adversário

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