O Jogo

Engasgados pela expulsão

Cartão vermelho visto por Diogo Queirós aos nove minutos deitou por terra a estratégia de Portugal. Apesar da vontade, e da qualidade demonstrad­a, a Itália foi mais matreira

- JOÃO MAIA

Miguel Luís marcou o primeiro golo de Portugal, na altura o do empate A Seleção Nacional sub-19 precisa, agora, de vencer a Finlândia para garantir a presença nas meias-finais do campeonato da Europa, cenário que está perfeitame­nte ao alcance dos lusos

Portugal complicou as contas do acesso às meias-finais do campeonato da Europa de sub-19, a decorrer na Finlândia, ao perder, por 3-2, com a Itália, numa partida que ficou marcada pela expulsão, logo aos nove minutos, de Diogo Queirós. É exatamente por aqui que tem de se começar a contar a história do encontro. Os portuguese­s até entraram bem, a ter bola e a pressionar, mas, num lance em profundida­de, Moises Kean ganhou em velocidade a Diogo Queirós e o defesa-central travou a marcha do avançado italiano, que seguia isolado para a baliza, recebendo, por isso, o cartão vermelho.

Itália não pareceu muito preparada para assumir o jogo e atacar de forma organizada, insistindo numa estratégia que passava por explorar o erro português e apanhar os lusos em contrapé. Por outro lado, o conjunto de Hélio Sousa manteve a personalid­ade e a capacidade de pressão, controland­o as operações até ao intervalo.

Os transalpin­os entraram com outra atitude na segunda parte e, aos 52’, Frattesi, com um passe na diagonal, libertou Capone, que surgiu nas costas de Thierry Correia, para o avançado inaugurar o marcador. Em vantagem, os italianos voltaram a adotar uma postura mais expectante e deram-se mal, porque, aos 70’, Miguel Luís empatou, de cabeça, com a bola ainda a ressaltar em Bellanova, premiando a persistênc­ia de Portugal. No entanto, e apesar de serem novos, os italianos já parecem ter alguma escola do “catenaccio” e a eficácia foi terrível. Scaramacca, que tinha entradoaos­65’,marcouaos7­8’, correspond­endo, de cabeça, ao cruzamento de Bellanova e Frattesi fez o 1-3, num remate de fora da área que ainda bateu em Florentino Luís e Romain Correia. Era muito azar em

Hélio Sousa

pouco tempo.

Domingos Quina, com um golaço, fez acreditar na ponta final, mas foi curto, ficando a ideia de que, onze contra onze, Portugal poderia ter sido superior. Resta, agora, vencer a Finlândia,nodomingo,paraseguir para as meias-finais da prova.

“Estamos totalmente dependente­s de nós. Temos de vencer a Finlândia, e não vai ser fácil porque têm sido uma equipa muito forte”

Selecionad­or nacional sub-19 “Globalment­e, fizemos um grande jogo com dez jogadores. É uma pena que os jogadores não tenham tido o desfecho que mereciam”

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