O Jogo

BTT DE LOULÉ É SEMPRE A SUBIR

Ao contrário do que a especialid­ade exige, não há obstáculos que travem a aposta na formação dos jovens atletas nem curvas que impeçam a conquista de títulos

- HÉLIO NASCIMENTO

Manter a qualidade e melhorar as condições são objetivos de uma coletivida­de com 17 anos de existência, muita matériapri­ma para preparar e que dispõe de uma das maiores escolas de ciclismo do país

Em terra de ciclismo, quem tem bicicleta é rei. A frase até pode parecer exagerada, mas serve, na perfeição, para ilustrar o entusiasmo que se vive no BTT de Loulé, um clube fundado em 2001 e que daí para cá tem vindo a aumentar o número de praticante­s – e adeptos – e a marcar uma posição de relevo no panorama da modalidade, sobretudo ao nível do BTT. Dos quatro aos 60 e tal anos, são 120 os atletas que representa­m a coletivida­de, em todos os escalões e em todas as variantes, incluindo também o ciclismo de estrada, numa extensa lista que engloba campeões nacionais e até mundiais, casos de Celina Carpinteir­o e Carlos Cabrita, quiçá os expoentes máximos e as grandes referência­s da juventude.

“A ideia de formar um clube surgiu de um grupo de ciclistas que corriam pela Casa do Povo de Querença e sentiam necessidad­e de competir mais a sério. Lançadas as sementes, com o apoio fundamenta­l do município, o Club BTT Terra de Loulé passou a ser uma realidade na região e a qualidade tem vindo sempre a aumentar”, explica Sérgio Martins, o presidente e também ele praticante, que, aos 47 anos, não passa um dia sem alimentar a paixão de

Numa extensa lista que engloba campeões nacionais e até mundiais, Celina Carpinteir­o e Carlos Cabrita são as grandes referência­s

andar de bicicleta.

Em Loulé mora um outro emblema de enormes pergaminho­s no ciclismo, o Louletano, mas a proximidad­e nunca foi sinónimo de concorrênc­ia. “Nós somos amadores e apostamos mais no BTT, enquanto o Louletano tem uma equipa profission­al e é um histórico na estrada. Sempre conciliámo­s pacificame­nte a coexistênc­ia, sem registo de problemas. O que importa é andar de bicicleta”, atira Sérgio Martins.

O BTT Loulé tem das maiores escolas do país e movimenta cerca de meia centena de jovens, dos 4 aos 14 anos, um registo que enche de satisfação Joaquim Viegas, treinador e responsáve­l pelos escalões etários mais baixos, sempre pronto a receber mais potenciais ases do pedal. “A

captação surge de modo natural, tipo passar a palavra, de amigo para amigo. Não sentimos a necessidad­e de divulgar a nossa atividade nas escolas, embora reconheça que isso pode ser uma mais-valia.” Nesta altura, confessa, “a matéria-prima é muita, dentro da estrutura e da logística montadas”, quase a atingir o limite da capacidade, pelo que, caso o número de praticante­s continue a aumentar, “temos de proceder a algumas reformulaç­ões”.

Dez equipas, quatro treinadore­s e 750 sócios dão corpo à aventura de todos os que abraçam o projeto. “Objetivos? Manter a qualidade e melhorar as condições, apoiando cada vez mais os atletas.” De resto, o lema do BTT Loulé, diz quase tudo: “Na terra para formar”.

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