O Jogo

ASTANA TOMOU O GOSTO DO TRIUNFO

Depois de Fraile, foi a vez de Cort Nielsen ajudar a equipa cazaque a sorrir. Favoritos não mexeram a subir nem na primeira descida perigosa

- FREDERICO BÁRTOLO

Antes do dia de descanso não houve grandes mexidas no pelotão e a Sky chega à terceira semana com o controlo do Tour. Vinte e oito fugitivos disputaram outra corrida e Sagan (Bora) celebrou 100.º dia de verde

Em véspera do segundo dia de descanso estava na cara que a 15.ª etapa sorriria à fuga. E, tal como na tarde anterior, foi um escapado a vencer e da mesma equipa. O dinamarquê­s Magnus Cort Nielsen (Astana) foi o primeiro a cortar a meta em Carcassone, dois dias antes da entrada do Tour nos Pirenéus. Foram 28 os fugitivos que estabiliza­ram a iniciativa após 40km de etapa, já depois de a Sky recusar a possibilid­ade de Adam Yates (Mitchelton-Scott) ou Dan Martin (UAE Emirates) reentrarem nas contas da geral. Tornou-se um dia tranquilo e a primeira categoria a 41,5km da meta não preocupou.

Foi nessa subida que Majka (Bora-Hansgrohe) desfez o grupo de fugitivos. Cort Nielsen e Ion Izagirre (BahrainMer­ida) seguiram a 30 segundos e acabaram por alcançar o polaco. Cort Nielsen, que ainda não tinha ganho no World Tour este ano, era o mais veloz do trio e fez sorrir a Astana, equipa que somou a segunda tirada consecutiv­a, e o país de nascença, a Dinamarca, que não celebrava uma vitória no Tour desde 2009. “Era algo que imaginava ainda antes de me tornar ciclista. É incrível ganhar no meu primeiro Tour. Tínhamos esta etapa planeada há muito”, refere, agradecend­o à formação cazaque, que, como outras, colocou mais do que um elemento na fuga.

Os 41,5 km de descida ou falso plano eram perigosos para os candidatos à geral, mas a Sky controlou a subida e preservou intactas as posições dos seus líderes. Não houve movimentaç­ões a subir nem a

Cort Nielsen foi o primeiro dinamarquê­s a vencer no Tour desde 2009 descer, um resguardo evidente para a terceira semana, na qual os Pirenéus dominarão as atenções. Apesar da dureza, só há um final em alto e há mais três tiradas de perfil semelhante ao de ontem, ou seja, que potenciem ataques na montanha para confirmar na descida.Roglic(Lotto-Jumbo) é um dos beneficiad­os. Thomas mantém a amarela e refuta as críticas: “Prefiro ganhar e ser assobiado a ser aplaudido quando quebro.” Froome voltou a sofrer a ação do público e foi “brindado” com um líquido. Prudhomme, diretor do Tour, desvaloriz­ou a situação e revelou: “Tem sido sempre água.”

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal