O Jogo

“Monstruoso” Tyler Boyd

Umgoloedua­sassistênc­ias doneozelan­dês

- PEDRO ROCHA

Perante um Santa Clara reativo e cruel a explorar erros defensivos, o V. Guimarães comprovou em casa a pontaria de Osorio e Alexandre Guedes. O defesa cometeria, porém, uma grande penalidade

Nativo da Nova Zelândia, país que está precisamen­te do outro lado do globo terrestre em relação a Portugal (numa linha reta), Tylor Boyd é um bom exemplo para quem tarda em apanhar o comboio do V. Guimarães. Após uma época de empréstimo ao Tondela, o extremo voltou refinado e foi o principal responsáve­l pelo triunfo do V. Guimarães no teste com o Santa Clara. Logo a abrir o jogo, deu sequência a um bom passe de André André com um chapéu fenomenal sem hipóteses para Serginho, inaugurand­o o marcador; mais tarde, precipitar­ia os golos de Osorio (30’ ) e de Alexandre Guedes (56’), primeiro na cobrança de um canto e depois através de um cruzamento bem medido, na passada. Pela amostra, Boyd parece estar no antípoda de vários companheir­os, em termos de preparação, e convém sublinhar que o atacante disfarçou muita coisa, salvando a equipa de um eventual resultado confranged­or em casa.

Por entre entradas e saídas de vários intérprete­s, deu para perceber que a máquina vitoriana ainda precisa de afinações e que alguns jogadores ainda não “aterraram” bem em Guimarães, cometendo erros defensivos inconcebív­eis. Foi o caso de Osorio, que resolveu disfarçar a lentidão de processos com um abalroamen­to disparatad­o a Alfredo no coração da área, mesmo à frente do árbitro Emanuel Lobo. Na conversão do penálti, Rashid restabelec­eria a igualdade e nem a posterior redenção de Osorio, autor do 2-1, num bom golpe de cabeça, fez com que a formação açoriana encolhesse as garras.

Em 4x4x2, o Santa Clara tem a capacidade de se encolher e estender em campo em três tempos e, na frente, terá um dos avançados mais perigosos do campeonato: Alfredo Stephans. O panamiano já se adaptou ao futebol português (chegou em janeiro, por empréstimo do Chorrillo FC), é forte no jogo aéreo e fez ques-

tão de demonstrá-lo antes do intervalo, num livre marcado por Rashid, ao subir até ao terceiro andar, com paisagem para os centrais vitorianos, para desviar certeiro para o fundo das redes. Mérito absoluto de Alfredo ou inépcia do muro defensivo do Vitória?

A segunda hipótese também deve ser levada em conta e, à partida, parece ser uma questão de fácil resolução. Tudo dependerá de um melhor posicionam­ento e maior atenção em livres ou cantos defensivos, porque no restante este Vitória promete. Servidos por um meio-campo combativo e sempre em rotação, Alexandre Guedes (autor do 3-2), Davidson e até Alexandre Silva chegaram a entusiasma­r.

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