O Jogo

DRAGÃO À VISTA

de treinar e jogar chegou a tempo Maxi vence Algarve Cup Lille

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Brahimi “Crescemos muito neste jogo”

Melhor período dos azuis e brancos surgiu entre os 25 e os 69 minutos. A segurança defensiva subiu a olhos vistos, o ataque começou a carburar melhor e o entusiasmo dos adeptos subiu. O pior foi mesmo o começo do jogo

O FC Porto regressou ontem à vida. Depois de 24 minutos agarrado às máquinas, o coração dos dragões voltou a bater e foi aumentando de intensidad­e até encontrar a baliza do Everton, garantindo a primeira vitória neste estágio e o segundo lugar na Algarve Cup. Parte da explicação para esta melhoria (significat­iva) em relação aos dois primeiros jogos, frente ao Portimonen­se e ao Lille, que tinham ter- minado com duas derrotas, reside na subida de rendimento das unidades do meiocampo. Sérgio Oliveira encontrou o norte no processo defensivo e a equipa ganhou segurança e confiança para se soltar com outro critério para o ataque. A jogada do único golo do encontro, de resto, nasceu de um roubo de bola do médio português, que entregou de primeira a Otávio e viu o brasileiro desmarcar na perfeição Marega, para este bater Stekelenbu­rg pelo meio das pernas.

A entrada do FC Porto, contudo, foi tudo menos boa. Muito pelo contrário. A precipitaç­ão no momento do passe engasgou o processo ofensivo e permitiu ao Everton explorar algumas deficiênci­as de

posicionam­ento da equipa para se aproximar da área. Aliás, os portistas bem podem agradecer a Casillas o facto de não terem sofrido primeiro. O espanhol travou três remates nos primeiros 20 minutos e ainda viu o poste devolver o disparo de Tosun pouco depois (24’).

Curiosamen­te, foi a partir daqui que os azuis e brancos começaram a dar sinais de vida. Tudo começou com uma jogada em que, finalmente, revelaram alguma segurança no momento da entrega de bola. Aboubakar, servido por Otávio, não conseguiu desviar o suficiente de Stekelenbu­rg para marcar, mas o Everton sentiu o toque. Sérgio Oliveira espicaçou, a circulação ganhou velocidade, as variações de flanco começaram a entrar à primeira e os adeptos voltaram a entusiasma­r-se com o futebol. Felipe ameaçou na sequência de um canto e “Abou” introduziu a bola na baliza após um livre de Alex Telles. No entanto, o lance acabou anulado por fora de jogo.

O intervalo quebrou o jogo, mas não o ímpeto portista. Seis minutos depois do recomeço, surgiu o golo e a serenidade que a equipa já vinha evidencian­do aumentou ainda mais. Nem Casillas, nem Vaná passaram por situações de aperto até ao final e o resultado até podia ter sido mais gordo, uma vez que João Pedro ainda viu o guardarede­s dos toffees negar-lhe os festejos numa boa incursão no ataque.

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BRUNO F. MONTEIRO

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