O Jogo

Seleção nas “meias” do Euro’sub-19

Portugal bateu a Finlândia por 3-0 e garantiu um lugar nas meias-finais do Europeu sub-19 e no Mundial de sub-20. Atitude competitiv­a dos anfitriões não merecia castigo maior

- ANA LUÍSA MAGALHÃES

A equipa de Hélio Sousa resolveu o jogo na primeira parte e controlou na segunda, perante um adversário que nunca baixou os braços e por isso sai de cabeça erguida

As contas do apuramento de Portugal no Europeu desub 19 eram simples, mas podiam complicar-se se não vencesse a Finlândia. Sem problema: os miúdos bateram os anfitriões da prova por 3-0 e, ao qualificar­em-se para as meias-finais, garantiram uma vaga no Mundial de sub-20, que se disputa na Polónia em 2019. A Itália, que empatou (1-1) com a Noruega, terminou no primeiro lugar do GrupoA e o adversário de Portugal será definido hoje entre Inglaterra, Ucrânia e França. Destas equipas, as duas mais bem classifica­das seguem para as meias-finais e a terceira vai bater-se com a Noruega pela última vaga europeia para o campeonato do mundo.

David Carmo, do Braga, foi a única alteração no onze, por troca com o central e capitão Diogo Queirós, expulso no jogo com a Itália. Por suspensão, o treinador Hélio Sousa também não esteve no banco. Foi precisamen­te o jogador do Braga a dar o primeiro sinal de perigo, aos seis minutos, num desvio de cabeça na pequena área. No entanto, Portugal chegou à vantagem no melhor período da Finlândia, uma equipa combativa do primeiro ao último minuto, numa atitude que teria merecido, pelo menos, um golo. Mas Portugal manteve-se concentrad­o e quebrou a resistênci­a nórdica com naturalida­de e com um João Filipe (Benfica) endiabrado. Aos 20 minutos, o extremo executou um livre direto de forma exemplar e, 13 minutos depois, depois de fintar um defesa, serviu o colega de equipa José Gomes para o 2-0.

Com o jogo na mão, Portugal não correu riscos na segunda parte. Geriu o jogo com eficiência e maturidade e poderia ter aproveitad­o o balanceame­nto da Finlândia para marcar bem mais do que um golo, na última jogada, oferecido por João Filipe a Mesaque Dju (FC Porto). Valeu o guarda-redes Leislahti e o simples desacerto e algum egoísmo dos lusos.

“O principal era apurarmo-nos para o Mundial. Podíamos ter conseguido o 3-0 mais cedo. Não gostaria de jogar com uma equipa como a nossa”

“Temos de estar satisfeito­s com a entrega e o compromiss­o e, ao mesmo tempo, com a excelente qualidade que têm conseguido impor no jogo”

Hélio Sousa

Treinador de Portugal

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João Filipe (7) exibiu técnica acima da média e desbaratou a resistênci­a finlandesa

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