O Jogo

“MONSTRUOSO” BOYD TEM TUDO PARA SE FIXAR

Elogios de Luís Castro ao neozelandê­s após a exibição com o Santa Clara são partilhado­s pelo seu primeiro técnico em Portugal

- MELO ROSA

Por empréstimo do Vitória, o extremo evoluiu em 2017/18 no Tondela. Vítor Campelos defende que está no caminho certo para fazer uma “excelente época” e aponta os aspetos em que Tyler cresceu

No final da receção de anteontem ao Santa Clara – vitória por 3-2 –, Luís Castro disse que Tyler Boyd “fez um jogo monstruoso”. O golo, num chapéu perfeito, e as duas assistênci­as encantaram o Vitória de Guimarães, que parece já não ter dúvidas de que o neozelandê­s vai fazer parte do plantel, depois da passagem bem-sucedida, naépoca passada, pelo Tondela, onde fez cinco golos nos 29 jogos em que foi utilizado por Pepa.

Contratado no verão de 2015 ao Wellington Phoenix, da Nova Zelândia, o extremo foi uma das apostas ganhas de Vítor Campelos. “É, acima de tudo, um excelente profission­al e de uma dedicação extrema”, avaliou o ex-treinador da equipa B do V. Guimarães. “Em todos os treinos, quer sempre melhorar e aprender, está disposto a trabalhar tudo o que é para ser feito no prétreino, no pós-treino e, claro, durante o treino”, sublinhou, consideran­do que “tem qualidade para se afirmar” no Vitória. “Não fico surpreendi­do se ficar e se for sempre utilizado. Tem tudo para fazer um excelente campeonato”, adiantou o técnico, recordando um aspeto em que “o Tyler precisava de melhorar”. “Era um bocadinho mecânico, fazia tudo o que era previsto fazer, era muito rigoroso individual­mente e a nível de comportame­nto da equipa, mas necessitav­a de melhorar o entendimen­to do jogo. É inteligent­e, e sentimos uma grande evolução durante a época”, apontou.

Como o futebol neozelandê­s “tem um bocadinho da influência do râguebi”, Campe- los diz que Boy d“já era, culturalme­nte, muito competitiv­o, agressivo e comprometi­do com as tarefas”. “Em termos tá tic os, tinha algumas lacunas por vir de uma realidade diferente. Por ser inteligent­e e bastante profission­al, compreendi­a o que queríamos a nível de procedimen­tos táticos”, salientou. Segundo o seu primeiro treinador em Portugal, Boyd “não é muito de criar desequilíb­rios em termos de drible, mas cruza e finaliza bem, eé muito bom nas bolas paradas ”. E, rematou, também “evoluiu muito no posicionam­entodo corpo ena qualidade do passe e receção”.

“Era um pouco mecânico, muito rigoroso, mas necessitav­a de melhorar o entendimen­to do jogo”

Vítor Campelos Ex-treinador do V. Guimarães B

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Tyler Boyd brilhou no jogo de anteontem com o Santa Clara: um golaço e duas assistênci­as
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